ATA DA TRIGÉSIMA TERCEIRA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 24-4-2013.
Aos vinte e quatro dias do
mês de abril do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Engº
Comassetto, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara
Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Roni Casa da Sopa e Tarciso Flecha Negra. Constatada a
existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke,
Any Ortiz, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir
Cecchim, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia
Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o
Projeto de Resolução nº 003/13 (Processo nº 0840/13), de autoria do vereador
Bernardino Vendruscolo; o Projeto de Lei do Legislativo nº 108/13 (Processo nº
1194/13), de autoria da vereadora Mônica Leal; o Projeto de Lei do Legislativo
nº 056/13 (Processo nº 0816/13), de autoria dos vereadores Pedro Ruas e
Professor Alex Fraga; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 102/13 (Processo nº
1176/13), de autoria do vereador Valter Nagelstein. Após, foram
apregoados os Memorandos nos 020 e 021/13 (Processo nº 1464/13), de
autoria da vereadora Jussara Cony, deferidos pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo,
respectivamente no dia vinte e dois de abril do corrente, em Audiência Pública
com o objetivo de debater a situação das concessões do transporte ferroviário
no Estado, no Plenarinho do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre, e nos dias
vinte e oito e vinte e nove de abril do corrente, no I Encontro de 2013 da Rede
de Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilidade, no Auditório Minas
Gerais do Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília – DF. Também, foi apregoado
Requerimento s/nº, de autoria da vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, nos dias vinte e seis e vinte e sete de abril do corrente, em
reunião no Ministério da Educação, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº
102/13, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto, Paulinho Motorista, Bernardino
Vendruscolo, Clàudio Janta, Sofia Cavedon e Mario Fraga. Às quinze horas e três
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora Sofia
Cavedon, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes Emendas: nº 01,
de autoria do vereador Tarciso Flecha Negra, Líder da Bancada do PSD, ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo 004/13 (Processo nº 0823/13); nº 01,
de autoria da Mesa Diretora, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 133/13
(Processo nº 1429/13); e nº 04, de autoria do vereador Clàudio Janta, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 115/11 (Processo nº 2618/11). Após, foram
aprovados Requerimentos de autoria dos vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr.
Thiago e Clàudio Janta, solicitando que as Emendas nos 01 ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 004/13, 01 ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 133/13 e 04 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 115/11, respectivamente,
fossem dispensadas do envio para apreciação de Comissões Permanentes. Ainda,
foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo,
solicitando destaque para a votação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 004/13 (Processo nº 0823/13). Também, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pela vereadora Luiza Neves, solicitando a
inclusão do Requerimento nº 088/13 (Processo nº 1437/13) na matéria priorizada
para votação na Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação,
foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 133/13 (Processo nº 1429/13).
Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 133/13.
Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 133/13. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 010/13 (Processo nº 1321/13).
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº
010/13 (Processo nº 1059/13), após ser discutido pelo vereador Clàudio Janta.
Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 088/13 (Processo nº 1437/13). Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 115/11
(Processo nº 2618/11), discutido pelos vereadores Mauro Pinheiro, Clàudio
Janta, Professor Garcia, Idenir Cecchim e Reginaldo Pujol e pelas vereadoras
Any Ortiz, Sofia Cavedon e Mônica Leal. Durante a apreciação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 115/11, os vereadores Engº Comassetto e Mario Fraga e a
vereadora Lourdes Sprenger cederam seus tempos de discussão aos vereadores
Mauro Pinheiro, Clàudio Janta e Idenir Cecchim, respectivamente. Na oportunidade, foi rejeitado
Requerimento de autoria do vereador Clàudio Janta, solicitando o adiamento, por
três Sessões, da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 115/11, por
quinze votos SIM e dezesseis votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelo
vereador Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo vereador
Professor Garcia, tendo votado o senhor Presidente e tendo votado Sim os
vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Séfora Mota, Sofia
Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Airto Ferronato, Any Ortiz,
Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João
Derly, Lourdes Sprenger, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Professor
Garcia, Reginaldo Pujol, Roni Casa da Sopa, Valter Nagelstein e Waldir Canal.
Ainda, foi votado Requerimento de autoria do vereador Clàudio Janta,
solicitando a renovação da votação do Requerimento de Sua Senhoria, de
adiamento da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 115/11, o qual
obteve um voto SIM e doze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos
vereadores Professor Garcia, Alberto Kopittke, Mauro Pinheiro, Airto Ferronato,
Tarciso Flecha Negra, Nereu D’Avila, Engº Comassetto e Clàudio Janta, em
votação nominal solicitada pelo vereador Professor Garcia, tendo votado Sim o
vereador Roni Casa da Sopa e Não os vereadores Airto Ferronato, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Valter
Nagelstein e Waldir Canal, votação declarada nula pelo senhor Presidente, em
face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezesseis horas e quarenta e nove
minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o senhor Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 028/13 e 188/12,
este discutido pelo vereador Reginaldo Pujol; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 043/13, discutido pelo vereador Engº Comassetto, o Projeto de
Lei do Executivo nº 001/13, discutido pelo vereador Engº Comassetto e pela
vereadora Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador
Valter Nagelstein. Durante a
Sessão, os vereadores Nereu D'Avila, Idenir Cecchim, Jussara Cony e Engº
Comassetto manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram
registradas as presenças, neste Plenário, dos senhores João Hermínio Marques,
Presidente da Frente Nacional de Torcedores; Leonel Lucas, Presidente
da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho; Luiz Augusto Schneider,
Prefeito do Município de Uruguaiana – RS; e Edson Brum, Deputado Estadual. Às
dezessete horas e quatorze minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Waldir Canal, Mario Manfro, Sofia
Cavedon e João Carlos Nedel e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do
que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, em nome da Liderança
do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, venho dialogar com meus colegas
Vereadores e com toda a sociedade que nos ouve a respeito do transporte público
de Porto Alegre. Porto Alegre entrou o ano com uma agenda de participação
social e uma pressão muito forte de muitos segmentos da sociedade,
principalmente da juventude e dos estudantes, o que têm gerado inclusive
conflitos num tema que precisa de pró-atividade do Governo Municipal e ser
tratado com uma envergadura diferente da que vem sendo utilizada até o momento.
A Cidade não vive sem o transporte público, e todos nós queremos um transporte
público de qualidade, diversificado, que tenha preços compatíveis, que tenha
toda uma estruturação que possa dar qualidade e, ao mesmo tempo, oferecer um
serviço digno para a sociedade de Porto Alegre. Ontem à tarde, na nossa Comissão, a CUTHAB, presidida pelo Ver. Delegado Cleiton, o
tema foi o transporte público, mas direcionado à Zona Sul.
Nós aprovamos aqui
uma legislação, homologada no dia 21 de agosto de 2011, que apresentou o
sistema às novas linhas de lotações para a Restinga e Extremo-Sul. Nesse
momento, há uma ação na Justiça tentando impedir que o transporte público
vigore em Porto Alegre através dos lotações para Restinga e Belém Novo.
Refiro-me a essa Lei porque ela estipulava prazo de 12 meses para que o
Município fizesse uma revisão em toda a estrutura do transporte seletivo por
lotação, bem como do transporte de ônibus, e apresentasse um novo cronograma de
implantação na cidade de Porto Alegre. Esse prazo já venceu faz 8 meses, como o
dispositivo dessa legislação, e não foi apresentado ainda para a Cidade. É
decisão do Governo Federal, através do Ministério das Cidades, que todos os
Municípios elaborem o seu Plano Municipal de Mobilidade Urbana. O Município de
Porto Alegre já deve ter iniciado o seu.
A Presidente Dilma
anunciou esta semana um conjunto de medidas, além das já anunciadas, que incide
na desoneração da cadeia do transporte público. Então, a Cidade precisa se
apropriar de todos esses temas, e os segmentos precisam ser ouvidos. Além
disso, temos em mãos (Mostra documento.), assinado pelo Procurador do
Ministério Público Geraldo Costa da Camino, a síntese do processo do Tribunal
de Contas do Estado, que aponta um conjunto de irregularidades que podem levar
a diminuição do valor da passagem.
Trago aqui todos
esses temas, Sr. Presidente, e creio que esta Casa, através do seu conjunto de
Partidos e Lideranças, tem que assumir a vanguarda desse processo novamente na
cidade de Porto Alegre.
Para concluir, eu sugiro aqui que o senhor leve
este tema para a Mesa da Câmara de Vereadores, segunda-feira, já que o
Executivo, no nosso ponto de vista, não está assumindo o papel que deveria na
condução do debate da revisão do transporte público de Porto Alegre. Um grande
abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa-tarde, meu Presidente, Dr. Thiago; boa-tarde a todos os Vereadores e
Vereadoras e ao público que nos assiste nas galerias. Ontem eu fiz um Pedido de
Providências aqui na Câmara solicitando a inclusão da categoria dos rodoviários
de Porto Alegre na campanha de vacinação contra a gripe (Lê.): “Tendo em vista
o alto nível de exposição de motoristas e cobradores que, durante a sua jornada
de trabalho, mantêm contato direto com todos os grupos de risco da gripe, no
momento em que se tornam usuários do transporte coletivo. Essa iniciativa
garantirá tranquilidade e qualidade de vida no ambiente de trabalho para esta
importante categoria, que realiza um trabalho fundamental no cotidiano da nossa
cidade, o qual não pode ser prejudicado por uma eventual epidemia”.
Como rodoviário, como motorista que continuo sendo,
estou sempre apoiando a minha classe. Quanto ao transporte, como falou o nosso
Ver. Engº Comassetto sobre os lotações de Porto Alegre, com certeza a gente tem
que melhorar cada vez mais o transporte em Porto Alegre, porque a população
necessita disso em todos os sentidos. A população não pode continuar usando
ônibus superlotados, principalmente nas horas de pico. Quanto aos lotações –
está havendo uma reunião agora para decidir –, todos nós estamos à frente
disso, para que cheguem o mais rápido possível na Região do Extremo-Sul. Vários
Vereadores estão trabalhando para isso, como o nosso Presidente, Dr. Thiago, e
os Vereadores Mario Fraga e Delegado Cleiton. Eu quero deixar bem claro que,
nessa situação, a gente nunca pode dizer: “Eu que fiz, fui eu que assinei”. E,
se lembro bem – e não quero ser injusto –, o primeiro pedido de táxis-lotação
para o Extremo-Sul foi em 1996, feito pelo Ver. Mario Fraga – este assunto eu
acompanho desde aquela época. Isso a gente tem que colocar em pauta, porque
estamos todos trabalhando para isso. A gente tem que ser justo e colocar as
coisas em seus devidos lugares. Não adianta eu vir para cá dizer que sou eu que
estou resolvendo ou que é o Fulano que está resolvendo; a gente tem que
trabalhar como um todo para que a população ganhe com isso. Se eu tentar
resolver sozinho os problemas de Porto Alegre, não vou resolver o problema de
ninguém, a população vai perder com isso, e eu não vou a lugar nenhum! Por
isso, peço a colaboração de todos os 35 Vereadores, para que a gente consiga o
apoio. Porque, como sempre digo, a gente não está aqui por Partidos, mas pelas
pessoas que nos elegeram. Já fiz vários trabalhos com Vereadores de outros
Partidos, como naquele caso da Restinga, em que conseguimos que fosse
readmitido aquele cobrador; eu estava junto com a Ver.ª Sofia Cavedon, do PT;
também já trabalhei junto com a Ver.ª Fernanda Melchionna, do PSOL. Então, a
gente tem que ter união aqui. Quanto mais a gente se unir para resolver os
problema da população, mais fácil será. E, lá na Zona Sul, a gente está
trabalhando bastante para isso, juntamente com o nosso Presidente, Ver. Dr.
Thiago, que também tem trabalhado bastante, e juntamente com outros Vereadores.
Como é bom quando a gente chega num local e encontra outros Vereadores, como
aconteceu com o Ver. Engº Comassetto e com Ver. Delegado Cleiton – foi uma
alegria para mim! Não fica aquela coisa: “Eu estou aqui, o território é meu”.
Se a gente pensar assim, quem perde é a população. Quanto mais nos juntarmos
aqui, mais a população ganhará com isso e chegaremos ao nosso objetivo, e o
nosso objetivo aqui sempre é trabalhar em união para a nossa comunidade e para
a nossa população de Porto Alegre. Um abraço a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado, Presidente, Ver. Dr. Thiago. Sras. e
Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna para mostrar duas edições, sendo que
uma delas faz referência a colonos e quilombolas. Por que eu faço este
registro? Com certeza será surpresa para muitos que se depararem com este
título (Mostra livro.): “Colonos e Quilombolas” – um trabalho maravilhoso
coordenado por Irene Santos, Cidinha da Silva, Dorvalina Elvira P. Fialho, Vera
Daisy Barcellos e Zoravia Bettiol. Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver. Delegado
Cleiton e demais Vereadores, ao receber esse exemplar, fiquei muito feliz,
porque há, sim, um desconhecimento sobre o trabalho e a qualidade do povo
negro. Infelizmente quando muitos falam em
colono, Ver. Cecchim, pensam que são só os italianos, os alemães, os
poloneses, os russos. Não. O negro também foi e é colono. O negro é uma das
etnias que povoou o Estado do Rio Grande do Sul.
Ver. Delegado Cleiton, quando nós, aqui, viemos
infinitas vezes a esta tribuna defender o Parque Temático da Cultura e do
Folclore, o que mais me machucou foi o estreitamento de conhecimento e de
entendimento das nossas autoridades quanto à possibilidade de termos o Parque
Temático da Cultura e do Folclore Gaúcho. Muitos pensam de forma estreita,
imaginando que é tão somente um galpão, tão somente um CTG o que, para mim, é
tudo, mas falo no sentido figurado. O Parque Temático da Cultura e do Folclore
Gaúcho tem na sua essência a representação da cultura de todos os povos que
povoaram e que povoam o Rio Grande do Sul, desde a arte, a música, a culinária,
usos e costumes do dia a dia, e nós, infelizmente, até hoje não conseguimos
convencer as nossas autoridades. Que bom que aqui traz, Ver. Tarciso, a
história de Porto Alegre, quando fala das colônias dirigidas pelos negros.
Porque muitos, infelizmente, pensam que só os italianos, como este que lhes
fala, foram e são colonos. Não, não é verdade. Os colonos desta terra são
compostos de todas as etnias, e é lamentável que nós não tenhamos tido
condições até hoje de convencer as autoridades da importância, do que é e do
que poderia ser o Parque Temático da Cultura e do Folclore do Rio Grande do
Sul. Hoje comemoramos o Dia do Churrasco e do Chimarrão, práticas cultuadas em todos
os cantos do mundo, e quantas vezes nós vimos a esta tribuna dizer que temos
gaúchos no mundo inteiro cultuando nossas tradições, e muitos não podem se dar
o luxo de dizer: “Eu nasci no Rio Grande”. Infelizmente muitas autoridades que
nasceram e aqui vivem não têm esse sentido de defender, de representar, de
enxergar e de implementar a cultura regional gaúcha como um grande negócio
social e econômico. Muitos pensam, Ver. Mauro Pinheiro, por ignorância, por
pura ignorância, que os CTGs são entidades encontradas lá no Interior, lá nos
grotões. Não, CTG – Centro de Tradições Gaúchas são encontrados nas grandes
cidades urbanas. Porque, aqui, principalmente aqueles liderados por Barbosa
Lessa e Paixão Cortes, lá em 1947, o entenderam como a representação da vida,
dos usos e dos costumes da terra de cada um, nada mais, nada menos do que a
representação das várias regiões do Interior do Estado.
Mas, Ver. Clàudio Janta, quero cumprimentá-lo por
esse trabalho que V. Exa. traz, relatando o seu período eleitoral, por onde
andou; Ver. Clàudio Janta, inteligência indiscutível. (Mostra revista.) Aqui
está a vida da Cidade, aqui está a vida de Parlamentares que garimpam o voto,
cada um do seu jeito. V. Exa. documentou isso, nos trazendo essa bela surpresa,
e eu ainda não tinha visto um material com esta qualidade e com esta
representação. Então, em nome da Bancada do PSD – eu e o Ver. Tarciso –, eu
quero cumprimentá-lo. Que bela revista, que belo artigo! É, de fato, de se
guardar. Parabéns, Ver. Clàudio Janta.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Bernardino Vendruscolo.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Vereadoras e Vereadores da nossa
Cidade, público que nos assiste nas galerias, público que nos assiste em casa,
queria agradecer a todas as pessoas que me permitiram fazer esse documentário,
esse documento, esse registro de uma Cidade que mostra muitas coisas que a
gente vê no período eleitoral; depois, a gente chega aqui na Câmara de
Vereadores e constata que precisamos fazer muita coisa pela Cidade. Nesta
Cidade, a gente vê, de um lado, um grande carnaval, pessoas com muitas
condições, pessoas vivendo num mundo diferente da maioria das pessoas da nossa
sociedade, de uma grande parcela da nossa Cidade. E isso mexeu e mexe com as
pessoas, ao verem crianças que não terão oportunidades se nós não tivermos um
investimento muito forte em Educação, principalmente na escola de turno
integral. A gente vê crianças que não têm acesso sequer a um balanço, a um
escorregador, a uma pracinha para brincar, e essas crianças são o futuro do
nosso País, da nossa Cidade! E eu sei disso tudo muito bem, pois fui um menino
nascido numa vila de Porto Alegre, no Morro da Cruz. Eu falava, inclusive, com
o Ver. Delegado Cleiton, há um tempo, se ele havia imaginado um dia ver o nome
aqui nesta pedra, nesta laje, neste painel, e nossas pessoas sendo tratadas por
“Excelência” - nós, filhos de operário, que viemos das vilas da Cidade. Eu fiz
questão de colocar na revista várias imagens de crianças, Ver. Elizandro
Sabino, porque estas, aqui, não têm troca, e troca é carinho, troca é amor,
troca é esperança, e a esperança dessas crianças, dessas famílias que estão
aqui está nos 36 Vereadores desta Casa. Nós somos a esperança deles de terem
saúde, uma vida digna, um futuro melhor. Nós conseguimos ter isso e chegamos
até aqui. Eu digo muito que, além da estrutura da minha mãe, do meu pai, da
minha família, o que me salvou de não estar no Presídio Central, como vários
amigos meus de adolescência, de infância estão, ou até em um dos cemitérios de
Porto Alegre, foi a militância política, a militância estudantil, a militância
sindical – mas, principalmente, a estrutura da família. E não tem como uma
família ser estruturada com imagens como essa que nós registramos. Deixei a
minha atividade profissional, a de sindicalista, registrada em apenas uma
folha, por achar mais importante retratar imagens como estas: de vermos, em
vários bairros, crianças com a expectativa de uma vida melhor; de vermos placas
alusivas ao saneamento básico, pedindo que as pessoas não coloquem fezes na
porta do seu portão; imagens de crianças pedindo para que tenha água onde
moram...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...São crianças que não sabem o que é água, que não sabem o que é abrir
uma torneira e ver a água sair, ainda que morem na nossa Cidade. Então quero mostrar
a cada um dos colegas Vereadores, a todas as Bancadas, às assessorias, essa
Cidade por onde andei, uma Cidade que eu vi e que eu sinto até hoje pulsando
dentro de mim, qual seja, uma Cidade onde as pessoas buscam oportunidades,
buscam um lugar ao sol, buscam dignidade para viver.
Também quero fazer aqui um comunicado, assim como
já fez o nosso amigo Paulinho Motorista: hoje, às 15h, será decidido sobre o
lotação da Restinga, de Belém, que vai levar dignidade para aquele povo que
fica ilhado, quando se trata da questão do transporte. Então vamos ficar aqui
torcendo para que o Judiciário tenha essa sensibilidade de resolver essa
questão que já se arrasta para todos os trabalhadores.
Respondendo ao que o Ver. Paulinho falou aqui, nós
já protocolamos um pedido de vacinação a todos os rodoviários, pois entendemos
que é uma categoria de risco, em razão de levarem nos ônibus milhares e
milhares de pessoas. É um risco extremo para os rodoviários de Porto Alegre. E
é isto que queremos construir junto com os 35 membros do Parlamento: uma Cidade
para todos, com dignidade para viver. Muito obrigado, e que Deus abençoe a
todos nós. Com força e fé vamos seguir lutando pelo povo de nossa Cidade.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, o Prefeito Municipal
está em Brasília e assumiu a Frente dos Prefeitos de capitais, cuja pauta
principal é a desoneração do sistema de transporte, preocupado que está com o
custo da passagem de ônibus. Nós, que vimos fazendo este debate, sabemos que
hoje há subsídio, pois, desde o início do ano de 2013, está valendo a
legislação que desonerou a folha de pagamento dos rodoviários, portanto um dos
indicadores ou elementos que ajudou várias cidades na redução do custo da sua
passagem, como foi o caso de Canoas. Ora, aqui em Porto Alegre, não só não
reduziu, como aumentou. E só houve uma reversão em virtude da mobilização
popular, da Ação Popular do Ver. Pedro Ruas e da Ver.ª Fernanda e do trabalho
sério e criterioso do Ministério Público. E quero voltar ao tema porque o
Prefeito vai reivindicar mais desoneração, mais incentivo, mas não fez sua
tarefa de casa ainda, tanto que o Dr. Geraldo Da Camino fez uma proposição ao
Tribunal de Contas, solicitando que sejam analisados mais elementos que compõem
o custo da passagem de ônibus e que informam a composição da passagem.
Essa proposição do Dr. Geraldo Da Camino é muito
importante, pois trata de oito pontos, os quais quero relembrar. Um deles é
sobre o tema da frota reserva. A Prefeitura, na verdade, estava computando 45
ônibus a mais do que os 10% da frota reserva prevista na legislação. Vejam que
não é toda a frota reserva que deve ser retirada, mas sim a que está a mais do
que a legislação prevê, possibilita, autoriza. Isso é muito importante. Outro
tema também muito importante é a solicitação de um rigoroso instrumento de
controle da qualidade dos serviços e da prestação do serviço contratado. Por
quê? Afirma ele ao Tribunal de Contas que houve um incremento de 430% nas
reclamações do ano de 2004 para o de 2011. Em 2004, foram registradas 1.492
reclamações de superlotação, atraso e não cumprimento de horários de ônibus; em
2011, foram 7.900 reclamações de superlotação e de atrasos. Portanto, as
empresas estão cumprindo horários a menos e estão superlotando os ônibus, e
isso deveria implicar no custo da passagem. E mais: o Dr. Geraldo questiona os
3% que a EPTC recebe para gerenciar o sistema, dizendo que isso rendeu R$ 16
milhões no último período, rendimento esse que não reverteu para o sistema. Ele
também questiona a inconsistência da cotação dos insumos, senhores. Pasmem: o
diesel foi considerado 8% a mais do que a Região Metropolitana considerou para
aumentar suas passagens; pneus e recapagens, 14% e 11%, respectivamente, a mais
do que o praticado na Região Metropolitana. Há também, afirma o Dr. Da Camino,
um descontrole sobre os dados, os números informados pelo sistema da ATP e pela
própria ETPC, demonstrando que ele tem fiscalizado e tem encontrado problemas.
Nós sabemos que o Secretário Cappellari aplicou 2 mil multas, em 2011, em três
dias de fiscalização, portanto não há uma fiscalização continuada sequer e de
fato de como se comporta a roleta. Enfim, o Dr. Da Camino também pede à
Prefeitura, ao Tribunal de Contas que analisem o tema do lucro das empresas,
dizendo que está muito acima do previsto pela legislação. E mais, diz que o
Comtu tem um prazo muito exíguo para analisar, portanto o controle social está
prejudicado. Ou seja, senhores, o Prefeito precisa revisar a constituição do
custo da passagem antes de pedir mais desoneração e mais apoio federal. Por
isso o movimento segue firme e forte, por isso nós precisamos vigiar e fazer
este debate.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. MARIO
FRAGA: Ver. Dr. Thiago, Presidente desta Casa; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, público nas galerias, público que nos assiste pela TVCâmara, uma
saudação especial aos gremistas, a todos nós gremistas.
Vim para falar do tema dos lotações de Belém Novo,
mas queria dar uma palavrinha, antes, sobre o que falou a Ver.ª Sofia. Houve um
Governo que, num período de 16 anos, tratou da passagem da mesma forma, Ver.
Paulo Brum. Repito: o Governo que governou esta Cidade por 16 anos, o Governo
do PT, tratou da mesma forma essa matéria. No entanto, hoje, eles querem fazer
de tudo para diminuir a passagem. Quando era o Governo deles, o valor da
passagem se manteve, e ninguém falou nada aqui nesta Casa. Fiz parte, durante
oito anos, e o Governo do PT, naquela época, nunca fez nada com relação às
passagens. Eu não estou dizendo que sou contra, eu acho que, quanto mais
baratear a nossa passagem, principalmente para mim, para o meu pessoal que mora
no Extremo, vai melhorar bastante.
Quero agradecer ao Ver. Paulinho, que mencionou
que, em 1996, eu fiz o primeiro Pedido de Providências para o lotação Belém
Novo. Segui, sim, naquela época, as ideias – porque as ideias boas são para ser
copiadas – do Ver. Reginaldo Pujol, que já batalhava pelos lotações na
Restinga. Como eu vim para representar a comunidade do Belém Novo, solicitei
também para ela.
Eu queria dizer que hoje, às 15h, se Deus quiser,
estará sendo votada no Tribunal de Justiça a ação que trata dos lotações Belém
Novo e Restinga. Para quem está nos ouvindo e para quem está nos vendo pela
televisão, hoje, às 15h, no Tribunal de Justiça, vai ser dada a decisão para a
empresa que tenta impugnar a empresa que ganhou o consórcio de lotações aqui de
Porto Alegre. A empresa que tenta impugnar e não deixa sair a licitação é uma
empresa de Santa Cruz, Ver.ª Luiza Neves. Aqui eu sou obrigado a fazer o
registro de que, naquela época, quando tinha um Projeto já aprovado aqui na
Casa – Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, Projeto do Ver. Engº Comassetto –, o
Prefeito Fortunati nos chamou para fazermos um só projeto. Eu queria, então, dizer
que, naquela época, o Prefeito Fortunati e o Secretário da EPTC, Vanderlei
Cappellari, se reuniram diversas e diversas vezes com esses Vereadores, em
especial com o Ver. Comassetto, o Ver. Pujol, o Ver. Dr. Thiago e este
Vereador. Fizemos algumas reuniões até chegarmos ao processo que deu origem ao
Projeto de Lei que criou os lotações Belém Novo e Restinga. Lá na nossa
comunidade, no Extremo-Sul – Roni, que hoje está na nossa Casa, nós que
trabalhamos mais forte naquela região –, fizemos a promessa de que sairia o
lotação. Jamais imaginei, da minha parte, que uma empresa fosse impugnar depois
de abertos os envelopes. Depois de abertos os envelopes, depois de sair a
vencedora, uma empresa de Santa Cruz tenta impugnar. Todos nós sabemos que ela
não tinha, Ver.ª Mônica Leal, essa empresa de Santa Cruz não tinha a mínima
intenção... para falar sério, Ver. Paulo Brum, eu não sei nem se ela conhece o
Extremo de Belém Novo, essa empresa de Santa Cruz; eu não sei nem se ela
conhece a Restinga, mas ela entrou naquele... não sei por quê. O que a gente
escuta é que ela veio buscar uma parte financeira nessa história. Eu espero,
então, neste momento, que o Tribunal – os Juízes, os Desembargadores que estão
julgando esse processo – nos dê ganho de causa. Isso não é para nós, é para a
empresa que ganhou, para que aquelas comunidades de Belém Novo e da Restinga
tenham o lotação. Tenho certeza de que vai melhorar muito o transporte coletivo
naquela região. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h3min): Havendo quórum, passamos à
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Presidente, solicito que os dois Projetos de
autoria da Mesa Diretora sejam discutidos e votados primeiramente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01, de
autoria dos Vereadores Bernardino Vendruscolo e Tarciso Flecha Negra, ao PLCE
nº 004/13.
Apregoo Requerimento, de autoria
do Ver. Bernardino Vendruscolo, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01,
de autoria dos Vereadores Bernardino Vendruscolo e Tarciso Flecha Negra, ao
PLCE nº 004/13 à apreciação das Comissões, para
Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, solicitando que seja
votada em destaque a Emenda nº 01 ao PLCE nº 004/13. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a
Emenda nº 01, de autoria da Mesa Diretora, ao PLL nº 133/13.
Apregoo Requerimento,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01,
de autoria da Mesa Diretora, ao PLL nº 133/13 à apreciação das Comissões, para
Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 04, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, ao PLL nº 115/11.
Apregoo Requerimento,
de autoria do Ver. Clàudio Janta, solicitando dispensa do envio da Emenda nº
04, de autoria do Ver. Clàudio Janta, ao PLL nº 115/11 à apreciação das
Comissões, para Parecer. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com votos contrários do Ver. Mario Fraga, do Ver.
Idenir Cecchim e da Ver.ª Lourdes Sprenger.
A SRA. LUIZA NEVES (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito que seja incluído na Priorização da Sessão de hoje o Requerimento
nº 088/13, de minha autoria, que solicita realização de homenagem à Clínica
Esperança de Amparo à Criança no período de Comunicações do dia 6 de maio.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o
Requerimento de autoria da Ver.ª Luiza Neves. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1429/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 133/13, de autoria da
Mesa Diretora, que altera os arts. 20, 20-A, incs. I, al. b, e II,
als. a e b, 27 e 28 e revoga o § 2º do art. 20-A, da Lei nº
5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de Classificação de
Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências
–, e alterações posteriores, extinguindo cargos em comissão, criando cargos em
comissão e função gratificada e dando outras providências.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral: Ver. Clàudio
Janta: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 24-04-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o
PLL nº 133/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01
ao PLL nº 133/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 133/13.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1321/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 010/13, de autoria da Mesa Diretora, que institui a Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio
Peres, a ser realizada anualmente pela Câmara Municipal de Porto Alegre.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral: Ver. Engº
Comassetto: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 24-04-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PR nº 010/13. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1059/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 010/13, que altera o § 2º do art. 1º da Lei nº
11.395, de 27 de dezembro de 2012 – que autoriza o Executivo Municipal a
contratar, com instituições bancárias mantidas pelo Governo Federal – Caixa
Econômica Federal (CEF) ou Banco do Brasil –, com recursos transferidos pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, operações de crédito até
o limite de R$ 461.923.415,52 (quatrocentos e sessenta e um milhões, novecentos
e vinte e três mil, quatrocentos e quinze reais e cinquenta e dois centavos),
destinados à execução dos projetos de mobilidade urbana associados à Copa do
Mundo de 2014 –, e inclui art. 1º-A na mesma Lei.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Parecer Conjunto:
- da CEFOR e CUTHAB.
Relator-Geral: Ver. Cassio Trogildo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 22-04-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLE nº 010/13. (Pausa.) O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra para discutir o PLE nº 010/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores de Porto Alegre, fui membro do
Conselho de Administração do BNDES, estou licenciado no momento, e eu acho que
este Projeto é de extrema importância para a mobilidade da nossa Cidade, para
as pessoas nela se locomoverem. Porém é necessário que saibamos os impactos nos
recursos próprios da Prefeitura de Porto Alegre e principalmente os encargos
administrativos decorrentes dessa operação financeira, já que sabemos que o
BNDES é um banco como qualquer outro e, hoje em dia, os juros, os spreads bancários estão na agenda das
pessoas. Seria importante que nos apresentassem, por meio técnico, a projeção e
a execução financeira do principal e dos juros, especialmente no que tange a
recursos que possam sair da Saúde e da Educação. Então, é de extrema
importância que isso venha a ser esclarecido, já que, de acordo com a
Prefeitura, existe impacto negativo em um possível parcelamento do ITBI, o que
não nos foi apresentado nesta Casa. Nós precisamos saber dos possíveis impactos
da contratação de um empréstimo dessa envergadura. Ele trará para o Município,
para o nosso povo, com certeza, melhorias, mas nós precisamos saber se não
serão comprometidas as finanças da nossa Cidade, que precisa, cada dia mais,
investir em Saúde, em Educação e no bem-estar do povo de Porto Alegre, e não
dando dinheiro para banqueiros, pagando juros absurdos, principalmente esses spreads bancários.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o PLE nº 010/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 088/13 – (Proc. nº 1437/13 – Verª Luiza Neves) – requer seja o período de Comunicações do dia 6 de maio destinado a homenagear a Clínica Esperança de Amparo à Criança.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 088/13, de autoria da
Ver.ª Luiza Neves. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2618/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 115/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que estabelece horário mínimo para o início dos jogos de
futebol que especifica e dá outras providências. Com Emendas nos
01, 02 e 03.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela rejeição do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela rejeição do Projeto.
Observações:
- discutiram a matéria os
Vereadores: C. Janta, T. F. Negra, A. Kopittke, F. Melchionna (cedeu p/ A.
Kopittke), B. Vendruscolo, I. Cecchim e M. Pinheiro;
- adiada a discussão por
duas Sessões em 17-04-13;
- incluído na Ordem do Dia
em 27-02-13.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 115/11. (Pausa.) O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para discutir o PLL nº 115/11, por cedência de
tempo do Ver. Engº Comassetto.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Ver. Dr. Thiago, nosso Presidente; demais Vereadoras e Vereadores,
público que nos assiste, primeiro, quero agradecer ao Ver. Comassetto, que me
cedeu o seu tempo para que a gente novamente pudesse debater este Projeto. É um
projeto simples, mas que, para mim, tem uma grande importância na vida da
Cidade. Muitas pessoas nos questionaram, Ver. Tarciso, dizendo que esta Câmara
não poderia legislar, Ver. Mario Fraga, e inclusive a imprensa hoje está
pautando bastante a área esportiva, dizendo que esta Câmara não pode legislar,
por estar afetando o desporto. Mas eu digo que, sim, Ver. Tarciso, nós podemos
legislar, conforme a Constituição, que diz o seguinte: “Compete
aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local”. E por que é de
interesse local, Ver. Nereu D’Avila? Porque ele está interferindo nos jogos, e nós não estamos interferindo na partida, nas regras do futebol, mas sim na vida das pessoas, porque este
Projeto interfere no deslocamento das pessoas. Nós temos um 1,4 milhão de
pessoas que se deslocam pela Cidade, e, no momento em que há um jogo de futebol
– por exemplo, às 19h30min, no Beira-Rio ou no Arena –, 50 mil, 60 mil pessoas
se dirigem ao estádio. Isso acaba perturbando as outras pessoas que não estão
indo para o estádio, mas indo simplesmente para suas casas; causa um transtorno
na vida da maioria delas. É com elas que este Vereador está preocupado. Não
estou preocupado com as emissoras de TV ou de rádio, que são a minoria, estou
preocupado com o cidadão de bem que passou o dia trabalhando e quer retornar a
sua casa.
Por isso, estou
colocando este Projeto, que inclusive é baseado na declaração do Secretário
Municipal de Transportes, Vanderlei Cappellari, quando dizia que ele mesmo
procuraria a CBF, a Federação Gaúcha para pedir que não fizessem jogos nesse
horário. Agora, este Vereador, que não é da base do Governo, fez aquilo que já
deveria ter sido feito: teve coragem de botar um projeto que causa polêmica com
as emissoras de TV, com as rádios, pensando sim no cidadão, na sociedade
porto-alegrense.
O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, quero cumprimentá-lo
pela coragem de enfrentar este tema. Em segundo lugar, este debate propõe a
questão da mobilidade urbana, que as pessoas se locomovam com segurança,
principalmente nas horas do pico. Então essa sua iniciativa certamente
apresenta uma alternativa que temos que debater deixando de lado a
possibilidade do preconceito.
Com a sua anuência,
gostaria de dizer que acabo de receber um telefonema do Tribunal de Justiça,
Sr. Presidente, dizendo que o Juiz acaba de cassar a liminar que proibia os
lotações para a Restinga e Extremo-Sul, um debate que construímos aqui nesta
Casa. Faço esse anúncio a todos e agradeço pelo tempo.
(Manifestações nas
galerias.)
O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte, Vereador. V.
Exa. sabe que eu sou sempre a favor do torcedor. Como jogador de futebol, sou o
Tarciso Flecha Negra por causa do torcedor, essa é a verdade. Eu pedi para
fazer um grande debate sobre este Projeto, que é bom, porque o campeonato
gaúcho, dentro de Porto Alegre, é com o Grêmio, o Internacional e o São José,
mas existem campos em Canoas, existem outros campos fora da nossa jurisdição,
vamos dizer assim. Então, fica difícil. Eu, sinceramente, tenho muita
dificuldade com este Projeto, que vai atingir só Porto Alegre. Seria de que
maneira? Então, esta é a minha pergunta.
O SR. MAURO PINHEIRO: Mas este Projeto
não é para a dupla Gre-Nal, é para os jogos da dupla Gre-Nal na cidade de Porto
Alegre
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Este Projeto é, sim,
de competência desta Casa, porque trata de questões que interferem na vida do
cidadão, assim como o Código de Posturas, que o Ver. Marcelo Sgarbossa está
discutindo. Os jogos de futebol, no horário das 19h30min, estão interferindo,
sim, na vida do cidadão, e é obrigação desta Casa trabalhar com coragem e lutar
pelas pessoas desta Cidade. Por isso, pedimos aos Vereadores que pensem no
conjunto das pessoas, e não em meia dúzia que nem para o debate nos chamou. Se
as emissoras de rádio e televisão tinham dúvidas a respeito deste Projeto e da
nossa competência, por que não nos chamaram para o debate? Agora, eles estão
pensando, sim, e com clareza, no seu ponto de vista, no que é melhor para eles,
e não no que é melhor para a sociedade, para o cidadão de Porto Alegre. A minha
preocupação é com as pessoas desta Cidade, e por isso peço aos Vereadores que
pensem bem e votem com a Cidade, e não com meia dúzia de emissoras. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra para discutir o PLL nº 115/11, por cedência de tempo
do Ver. Mario Fraga.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, é bom ver a torcida Gre-Nal junta nesta Casa; este é um
exemplo do que a Casa do Povo consegue fazer, unir gremistas e colorados num
interesse mútuo, interesse que acredito também dos trabalhadores desta Cidade,
das pessoas que andam de ônibus, das pessoas que se locomovem nesta Cidade.
Também é um tema que se iniciou com as torcidas organizadas, e eu usei esta
tribuna, na semana passada, para dizer que partia até dos nossos lares – meu
filho, meu sobrinho e meu afilhado pediram que eu desse encaminhamento –, mas
penso que já vem sendo discutido por toda a Cidade e que merece mais
discussões. Então, penso que poderíamos adiar a votação deste Projeto e fazer
um seminário, nesta Casa, para discutirmos essa questão, chamando aqui a EPTC,
os clubes de futebol, as torcidas, as pessoas que vão ao estádio, que querem
garantir o seu direito de ir ao estádio como nós queremos o direito de ver um
jogo de futebol num horário digno, decente, e que, principalmente, as pessoas
que querem ir para as suas casas possam ir. Até apresentamos emendas que
restringem mais esse horário dos jogos de futebol.
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Janta, nesse
sentido, só para contribuir neste debate que a Casa está fazendo, na última
Sessão em que discutimos este Projeto, foi dito que este tema não havia sido
discutido em nenhuma outra Câmara do País. Isso não é verdade: este tema
inclusive foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo, capital, em 2010, e infelizmente
acabou vetado pelo Prefeito. E formou-se inclusive um grande grupo de emissoras
de rádio e televisão que não detinham os direitos de transmissão – a maioria
não detém –, uma grande frente em apoio ao Projeto, que, infelizmente, acabou
vetado. Mas é um debate que está no Congresso Nacional também, já esteve até na
Ordem do Dia para ser votado e é um tema que o País está discutindo, de grande
importância para as cidades, tanto a hora de início quanto a de limitação. A
Argentina já tem, e a Inglaterra usou isso inclusive para vencer a violência
nos estádios. É um tema de ordem do dia para aqueles que querem melhorar a
qualidade do futebol e vencer a violência nos estádios.
A Sra. Any
Ortiz: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Janta, muito
obrigada pelo aparte. Como V. Exa. tocou em um assunto em que fiz uma Emenda, a
Emenda nº 02 ao Projeto de Lei do Ver. Mauro Pinheiro, a respeito do
transporte, é sobre isso que venho falar, sobre como as pessoas, após os jogos
ou qualquer evento com grande público em Porto Alegre, vão conseguir chegar ao
Centro de Porto Alegre, aos bairros e às suas casas. Reforço essa Emenda e, por
questão de o Projeto não passar hoje, entrego ao Presidente, o Ver. Dr. Thiago,
um Projeto de Lei protocolado nesta Casa por mim que estabelece a
obrigatoriedade da manutenção da prestação de serviço de transporte coletivo
por no mínimo uma hora após o término dos eventos.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Muito obrigado pelos apartes, Ver.ª Any Ortiz e Ver. Alberto Kopittke.
É um tema que merece ser discutido pela nossa cidade, acho que é um tema que
merece que todos participem. Propomos o adiamento da votação deste Projeto e
que seja feito um amplo debate com a sociedade e com todos.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para registrar
minha posição, primeiro, cumprimento os Vereadores Engº Comassetto e Mario
Fraga por uma brilhante vitória no Judiciário em relação ao lotação da Zona
Sul. Em segundo, Ver. Clàudio Janta, ouço com atenção V. Exa. e quero dizer ao
Ver. Mauro Pinheiro que estamos absolutamente solidários com o Projeto de V.
Exa., que é sério, é importante, faz diferença e merece ser aprovado. Agradeço
o aparte ao Ver. Clàudio Janta.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Muito obrigado, Ver. Pedro Ruas. O encaminhamento que nós damos é esse,
de ampliar a votação deste Projeto, fazer uma ampla discussão nesta Casa com
todas as partes interessadas. Quero aqui dar os parabéns aos Vereadores Mario
Fraga, Engº Comassetto, Paulinho Motorista e Dr. Thiago pela grande luta que
tiveram na Restinga e Belém; e hoje tiveram essa vitória, no Tribunal, em que o
lotação da Restinga e Belém deixa de ser um sonho e vira uma realidade, dando acessibilidade às pessoas que moram no Extremo-Sul da nossa
Cidade. Com força e paz, vamos seguir discutindo os problemas de Porto Alegre.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado,
Ver. Clàudio Janta. Já dizia aquela famosa frase: “Um sonho só é só um sonho,
um sonho sonhado junto se torna realidade”.
O Ver. Professor
Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 115/11.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente,
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste, recebi um
representante das torcidas, que conversou comigo. Solicitei se poderíamos
prorrogar, ele disse que não gostaria, e eu me posicionei. Não gostando,
imediatamente venho aqui posicionar a minha visão.
Sou totalmente contra
o Projeto e vou dizer algumas das razões: primeiro, quando o Vereador coloca a
questão do fluxo... tivemos recentemente – e isso podemos legislar – a questão
dos shows. Show do Roberto Carlos, na Arena do Grêmio: mais de 50 mil pessoas.
Alguém aqui falou em horário, falou em trânsito e no que causa de transtorno na
Cidade? Não, e isso é comum, isso acontece a cada 15 ou 20 dias.
Outra coisa que
gostaria de levantar – disto, sim, temos que fazer a discussão: este Vereador
entende que todos esses grandes eventos têm que ter uma contribuição para o
Poder Público. A Brigada Militar tem que receber, porque desloca o seu efetivo,
isso já ocorre em vários lugares; a EPTC tem que receber; o DMLU tem que
receber, porque isso gera impacto. Então, esse é outro tipo de olhar que temos
que ter. Causa transtorno à torcida? Causa. Vocês têm uma repercussão do que representa
o horário de televisão aos clubes? É muito fácil o Vereador e a torcida
combinarem, mas esquecem que quem paga lá a conta para o clube... Um jogador
como o D’Alessandro, por exemplo, recebe R$ 800 mil por mês. Não adianta,
pode-se encher todas as vezes o estádio, e não se consegue pagar, porque o
direito de imagem é muito maior. Então, nós temos que entender o que é
megaevento. Na questão do megaevento, não é por acaso que uma transmissão de
Fórmula 1 ocorre às três da madrugada. Então, temos que entender muito mais do
que olhar simplesmente...
O Sr. Mauro Pinheiro: V. Exa. permite um aparte?
O SR. PROFESSOR GARCIA: Não vou lhe dar o aparte, Vereador, porque eu só tenho cinco minutos, mas nós vamos fazer
a discussão, nós vamos continuar. Eu gosto de fazer a discussão; quando não
querem fazer a discussão, eu venho e já me posiciono.
E eu quero discutir
em cima das Emendas também. Por exemplo, uma Emenda, que acho que é do Ver.
Kopittke, coloca que é às 20h30min e termina às 23h. E se falta luz? Bom, faltou
luz por 30 minutos – é comum –, 23h, terminou!
Outra coisa: há jogos
como, recentemente, o do Grêmio, em que a decisão foi por pênaltis. Aí o
árbitro está lá e, às 23h: “Terminou; nós vamos marcar os pênaltis para o
próximo jogo”.
Então, essas coisas
têm que ser bem mais pensadas. Por exemplo, a Ver.ª Any Ortiz colocou que a
frota tem que ser a mesma. Vereadora, a frota de ônibus para esses eventos é
muito maior do que a frota diária, porque a EPTC, junto com os sistemas STS,
Conorte, Sudeste e a própria Carris, faz todo um projeto especial para os dias
de jogos. Então, a sua Emenda, quando ...
A Sra. Any Ortiz: V. Exa. permite um
aparte?
O SR. PROFESSOR GARCIA: Eu não vou lhe dar
aparte também, Vereadora, porque eu tenho só cinco minutos.
Eu quero dizer que
essas coisas nós temos que dimensionar, porque eu li o Projeto, só que é o
seguinte: é muito fácil colocar. E eu venho aqui, de sangue aberto, querendo
fazer a discussão. Não aceitaram a discussão. Então, este Vereador, de forma
fraterna, vem aqui dizer o seguinte: sou totalmente contra o Projeto. Agora,
nós temos que discutir, sim, os grandes shows
em Porto Alegre.
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: A vaia faz parte, eu
respeito a vaia, isso faz parte da democracia, e podem me vaiar todo o tempo.
Ao mesmo tempo, nós temos que discutir o que cobrar. A Brigada Militar tem que
receber, a EPTC tem que receber, o DMLU tem que receber, porque tudo isso causa
impacto e leva a transtornos na Cidade. Então, de forma bem fraterna, eu venho
colocar a minha posição. Mas quero lembrar que assunto é bem mais sério, porque
envolve milhões e milhões de reais.
E perguntem, tragam
os clubes – é por isso que eu queria a discussão –, eles podem dizer o que eles
ganham em cada jogo, como é que é feito o sistema e por que determinados
horários são compatíveis. Agora, eu pergunto: um show de R$ 50 mil pode ser feito em qualquer horário em que nós nos
preocupamos? Então, dois pesos e duas medidas. Muito obrigado, e podem vaiar à
vontade!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Só quero combinar com os torcedores, principalmente
com o seu Presidente, João Hermínio – e são muito bem-vindos a esta Casa –, que
as manifestações todas de vocês, livres, democráticas, sejam após a fala do
Vereador, só para que a gente não tenha nenhuma dificuldade, até de
entendimento, pela nossa Taquigrafia. Muito obrigado.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLL nº 115/11, por cedência de tempo da Ver.ª Lourdes Sprenger.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Sr. Presidente; obrigado, Ver.ª Lourdes Sprenger, pela cessão
do seu tempo. Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu acho que nós estamos
discutindo um assunto importante. Eu vejo essa gurizada fantástica que está aí.
São torcedores legítimos, fazem barulho no lugar certo – no campo, aqui, na rua
–, mas nós estamos fazendo uma discussão de um assunto complexo para a Cidade,
e não é tão assim como possa parecer a boa intenção do Ver. Mauro Pinheiro, de
que seja uma preocupação com a população de Porto Alegre. Restringindo
horários, restringindo tempo, restringindo a movimentação...
Eu acho que nós temos tantos assuntos para discutir
o tempo e a hora! Ou o Ver. Mauro Pinheiro não acha que se preocupar com a fila
na frente de hospital às 4h da manhã é mais importante que o futebol? Ou o Ver.
Mauro Pinheiro não sabe que ficar oito meses, dez meses, um ano na fila para
receber uma consulta ortopédica é mais importante do que o Vereador se
preocupar com o horário do futebol? Ou será que nós não temos mais coisas
importantes para discutir aqui na Câmara de Vereadores do que nos metermos na
iniciativa de quem quer ir ou de quem não quer ir ao jogo? Ou será que, quando
nós temos um evento que termina às 19h30min ou às 20h30min, não dá transtorno
para o trânsito também? Dá, dá transtorno, mas isso faz parte do contexto das
grandes cidades, no mundo todo é assim. No mundo todo é assim! Vocês assistiram
ao jogo do Barcelona e do Bayern
ontem? Alguém assistiu? Alguém se deu conta da hora em que esses times estavam
jogando? Deram-se conta de que horas eram? É, Ver. Tarciso, V. Exa. é um homem
que jogou pelo mundo todo, é assim no mundo todo, e não venham me dizer que na
Europa é diferente daqui. É igual, as pessoas também dormem na Europa! As
pessoas também se mexem, andam, é igual a aqui! Ou em Caracas é diferente de
Porto Alegre? Em Santiago do Chile é diferente de Porto Alegre? É igual! No
mundo todo é igual. Então, vamos guardar essa energia que o Ver. Mauro
Pinheiro, bem-intencionado, quis usar para diminuir as filas nos hospitais,
para não deixar as pessoas sofrerem de madrugada na frente do hospital, na
frente do posto de saúde; isso é obrigação de todos nós, do Município, do
Estado, da União. Com isso, sim, nós temos que nos preocupar. Agora, ficar se
metendo em horário de futebol... “Tem que ser às 7h”, “Tem que ser às 8h”, “Tem
que ser às 9h”. Não! Deixe essas coisas se organizarem por si. Quem não quiser
ir ao jogo porque tem que dormir mais cedo vá dormir mais cedo. Eu, muitas
vezes, gostaria de ir ao jogo e não consigo! Então, vamos deixar isso para os
torcedores regularem, e vamos nós, Vereadores aqui de Porto Alegre e dos outros
locais, cuidar das pessoas que precisam dos Vereadores, que precisam do
Município! Para ir jogar futebol ou para assistir ao futebol, cada um tem o
direito de escolher o seu horário. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu vou inscrevê-la, Ver.ª Sofia, para ler o
manifesto, uma vez que ele é muito extenso e eu não tenho condições de o ler
aqui na presidência.
Quero só dar uma informação sobre a SulBRTV, que é
o maior blog de televisão regional do
Brasil. Já estamos operando, de forma experimental, o sinal digital da TVCâmara
de Porto Alegre, que entrou no ar, a partir de hoje, em caráter emergencial –
TV aberta, canal 61.4, TVCâmara de Porto Alegre. (Palmas.)
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 115/11.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, este Projeto está
na Casa desde julho de 2011 e recebeu diversas análises, especialmente da
Procuradoria da Casa, da Comissão de Justiça e da Comissão de Finanças e
Orçamento, contrárias à sua aprovação. Aliás, às vezes, eu penso que se está
discutindo outro projeto, porque, ao ler o que o Projeto diz, ele diz,
claramente, numa expressão única, que fica estabelecido o horário das 20h30min
como horário mínimo para o início dos jogos de futebol a serem realizados em
dias úteis sempre que, em face desses, haja previsão de grande fluxo em vias
centrais e em vias adjacentes ao estádio. O mínimo. Quer dizer a lei que, se
não for às 20h30min – se for às 20h45min, às 21h45min, às 22h, às 23h, às 24h
–, não está atingido o Projeto! Então, qual é o objetivo? Não é nem o que
pretende a frase “futebol não é sobremesa de novela”. Pela lei, pode ser mais
do que sobremesa, pode ser um cafezinho com licor, pode ser tudo! Está na lei
aqui escrito isso! Então, não sei o que estão querendo que eu aprove!
Ora, Vereador, isto
aqui, quando veio para cá, nós tínhamos um litígio aqui na Casa, em 2011, Ver.
Cecchim, entre aqueles que trabalhavam na Globo e aqueles que não trabalhavam
na Globo, que tinham assento aqui na Casa. Eu não estou aqui para ser a favor
ou contra a Globo, eu estou aqui – meu querido, Ver. Professor Garcia, obrigado
por trazer esse projeto para a realidade – como amante do futebol, conhecedor
das regras! Olha, se colocar o meu Grêmio para jogar às 4h da manhã, eu vou
vê-lo às 4h da manhã, por que não?
É desejável que não
seja às 19h30min? É, em dias de semana; no sábado, é bom que seja às 18h, às
18h30min. Então, a simplicidade do Projeto, Ver. Tarciso, não desobriga com
ele. Eu nem vou discutir juridicidade, porque é um clamor de antijurídico – com
perdão ao Ver. Mauro Pinheiro – eu querer, agora, fazer lei para regrar os
interesses do meu Grêmio ou do Colorado de vocês. Não! Do meu Grêmio cuido
eu! E do Colorado cuidem vocês! Agora, aqui, na Câmara de Vereadores, nós temos
que cuidar é do povo, como diz o Ver. Cecchim, cuidar da Saúde 24 horas. Ora!
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Avisem a esses meninos que não adianta eles
gritarem, porque eu não tenho medo de gritinho, não! Não cheguei aqui na Câmara
de Vereadores ontem! E vou dizer mais o seguinte: vocês me convenceram, mais do
que nunca, a votar contra este Projeto. Eu já cheguei aqui com vontade de votar
contra. Agora, vocês não me tomem por imbecil, não vou acompanhar esses apelos
absolutamente demagógicos e inconsequentes. Vou votar contra o Projeto e, como
consequência disso, contra as Emendas, ainda que respeite a Ver.ª Any, que, com
a melhor das intenções, faz uma Emenda. Mas, como o acessório segue o
principal, quem vota contra o Projeto, não admitindo o principal, muito menos
vai admitir as Emendas. Sou contra o Projeto. Acho que, no interesse até dos
clubes de Porto Alegre, dos verdadeiros esportistas, nós temos que garantir o
direito de que os clubes sobrevivam e façam os seus contratos com as empresas
que melhor lhe aprouverem. E, se essa for a Globo, que seja a Globo; se não for
na Globo, for na Record, que seja na Record. Mas eu não quero regular os
programas de televisão, com novela ou sem novela, através de lei municipal.
Era isso. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para discutir
o PLL nº 115/11.
A SRA. ANY
ORTIZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, ocupo esta tribuna
porque não quis ocupar o tempo do Professor Garcia para falar sobre a Emenda
que eu fiz, que tem por base o Projeto de Lei nº 115/11, que também é de minha
autoria e que está tramitando na Casa, quanto à obrigatoriedade da manutenção
de prestação de serviço coletivo pelo período mínimo de até uma hora após o
final do evento.
Hoje, como o Vereador falou, o entorno de onde é
feito o evento – seja na Arena, ou no Beira-Rio, ou no Zequinha, ou em qualquer
outro lugar – é atendido, sim, pelas linhas de ônibus, com um efetivo até maior
do que o normal. Porém e essas pessoas que saem do entorno e que vão para os
seus bairros? Pode ser no extremo da Zona Sul, por exemplo! Ver. Mario, como o
senhor chega à sua casa, no bairro Belém, depois de um evento na Arena? Não tem
como chegar! É exatamente disso que estou falando, é referente não ao horário
do jogo, mas à forma como as pessoas vão chegar às suas casas. O entorno da
Arena é atendido por transporte de ônibus, só que os que estão disponíveis não
vão até os bairros. É disso que temos que tratar, é referente a como essas
pessoas, ao saírem do futebol, independentemente do horário, chegarão às suas
casas, Ver. Mauro.
O Sr. Mauro
Pinheiro: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Ver.ª
Any. É que a senhora está preocupada com as pessoas, e outros Vereadores se
preocupam com as empresas e com o lucro delas - com a RBS, com as empresas de
ônibus... A senhora, que é uma Vereadora que se preocupa com a Cidade e com o
povo, se preocupa com o bem-estar da sociedade.
A SRA. ANY
ORTIZ: Obrigada, Ver. Mauro. Mas reforço o que eu disse: independentemente do
horário que vai ser o futebol – se ele vai começar às 8h, às 7h ou às 10h –,
temos todos aqui que estar voltados para saber como essas pessoas, com o
transporte público precário que temos hoje após as 11 horas da noite, irão se
deslocar até os seus bairros.
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Any, ainda
na discussão do Projeto, parabenizo V. Exa. pela iniciativa, que difere,
inclusive, da proposta que fiz. Quero aqui transmitir meu apoio à sua proposta,
independentemente da discussão de horário; a sua proposta dialoga inclusive no
caso de não haver nenhuma regulação de horário. Mas, se a senhora me permite,
alguns colegas talvez devessem procurar uma casa ali no entorno da Arena para
ficarem acordados até as duas, três horas da manhã, como as mais de 50 mil, 100
mil pessoas no entorno. Esses moradores são afetados cada vez que tem jogo. Uma
área diferente é a do Beira-Rio, onde há alta densidade e as pessoas têm que
esperar até duas ou três da manhã, quando o estádio se esvazia. Talvez não
conheçam a realidade das pessoas que vivem naquela região da Cidade, por isso
falam tão facilmente sobre seus interesses. (Palmas.)
A SRA. ANY
ORTIZ: Obrigada, Vereador, pelas suas colocações.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado. Essa
Emenda está fazendo sucesso. Mas, até para encaminhamento em conjunto com minha
Bancada, gostaria de saber, se a senhora puder declinar, se é a favor ou contra
o Projeto do Ver. Mauro Pinheiro.
A SRA. ANY
ORTIZ: Ver. Cecchim, vou votar contra o Projeto do Mauro por questões...
(Som cortado automaticamente por delimitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. ANY
ORTIZ: ...Obrigada, Presidente, por eu poder explicar o meu
voto, já que fui questionada. Vou votar contra o Projeto do meu colega Mauro
porque questões tais como horários de jogos ou de qualquer outro programa que
seja transmitido pela televisão eu considero não serem assuntos para se tratar
aqui dentro desta Casa. Mas aproveito a oportunidade para tratar de uma questão
importante que é o transporte em qualquer evento, não só no futebol, mas também
nos shows e em outros eventos que
acontecem em nossa Cidade. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver. Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLL nº 115/11. A Vereadora lerá um manifesto que foi encaminho a
esta Presidência.
O SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente Dr. Thiago; senhores e senhoras; Vereadores e Vereadoras,
quero, primeiro, em defesa do Ver. Mauro e de todos nós, dizer que a crítica do
Ver. Cecchim não procede. Aqui nesta Casa se legisla sobre Saúde, sobre os
bancos, sobre esgoto e moradia e, também, sobre o direito de torcer e da
mobilidade na nossa Cidade. Portanto, não contraponha esses temas e
responsabilize-se, Ver. Cecchim, pelos seriíssimos problemas de Saúde que há
nesta Cidade que são de responsabilidade de V. Exa. há pelo menos 8 anos.
Mas uso este tempo para fazer uma leitura; é uma
demanda dos jovens e torcedores que queriam se manifestar usando suas palavras.
Portanto, lerei o manifesto que encaminharam à Presidência da Casa (Lê.): “A
Frente Nacional dos Torcedores, movimento social que luta por um futebol justo,
democrático e popular, ora igualmente associação civil a representar os
interesses e direitos dos torcedores, vem informar aos nobres parlamentares que
nosso movimento busca a paz nos estádios e que, invariavelmente, manifestará
suas posições nesta Casa de modo pacífico, contudo sempre festivo, haja vista
nossa relação com a cultura torcedora. Frisamos isso, pois estamos aqui hoje
nas galerias tentando o convencimento da maioria dos Vereadores em favor do
Projeto de Lei 115, com a aprovação do projeto e das emendas 01 (Ver. Alberto
K.), nº 02 (Ver.ª Any Ortiz) e nº 03 (Ver. Claudio Janta). O futebol é paixão
popular. O povo enfrenta dificuldades com ingressos caros, e com horários
estúpidos, para encontrar semanalmente seus Clubes. Contudo, esta Casa pode, em
ação de vanguarda, garantir que o futebol não seja mais realizado em horários
absurdos durante os dias úteis. A mobilidade urbana, a segurança pública e o
direito ao lazer esperam a aprovação dos senhores. Os horários das partidas de
futebol são definidos pelas entidades organizadoras das competições. Porém,
como notório, essas entidades, administradas por gestões nada transparentes nem
democráticas, consuetudinariamente vendem os horários para a empresa de
comunicação monopolizadora das transmissões. Os Clubes de futebol não negociam
horários das partidas com a emissora, diferentemente do que tem sido dito para
desqualificar o bom projeto (com emendas) em curso nesta Casa. Quem negocia, de
maneira ilegítima, são as entidades organizadoras das competições. Os contratos
entre Clubes de futebol e a emissora cuida apenas do direito de transmissão
[afirmam os torcedores]. Uma coisa é ter o direito de transmitir, outra coisa é
definir qual horário de uma partida. [Afirmam eles que] esta Casa pode ser
vanguarda: Porto Alegre pode gritar a soberania ao determinar que nesta Cidade
nenhuma partida de futebol profissional, em dias úteis, começará antes das
20h30min nem terminará depois das 23h, excetuando casos naturais dos jogos
(prorrogação, penalidades, etc.) (...) As arquibancadas pedem horários mais
adequados à realidade dos trabalhadores e estudantes que também são Torcedores.
As arquibancadas pedem o voto consciente dos nobres Vereadores. Vamos, juntos,
dar esse grito de soberania e vanguarda em Porto Alegre. Isso vai movimentar
outras capitais, e, quem sabe, muito em breve, a própria emissora de
comunicação mude seu posicionamento acerca dos horários das partidas. Eles
dependem de nós. O futebol depende da nossa gente. O que seria do futebol sem o
torcedor, aquele que vai aos estádios? Hoje está caindo um grande ditador do
futebol sul-americano. Nicolás Leoz, com receio da persecutória investigação
criminal no caso ISL, está renunciando ao cargo de Presidente da Conmebol, após
27 anos de tirania. É tempo de mudança no futebol, é tempo da primavera
Torcedora. Porto Alegre precisa entrar nesse período de lutas e transformações
sociais. Portanto a Frente Nacional dos Torcedores espera a aprovação do PLL nº
115/2011, com as Emendas 01, 02 e 03. João Hermínio Marques, Presidente da Frente
Nacional dos Torcedores”.
É a voz dos torcedores, Ver. Mauro Pinheiro. E
acrescento que nós devemos, enquanto Poder Público, Câmara e Prefeitura, ter
mais cuidado com a segurança, com a viabilidade nesses grandes eventos.
Concordo, Ver. Professor Garcia, que os órgãos públicos não podem fazê-lo
gratuitamente, assim como a Brigada Militar. O custo é muito grande e muito
alto. Mas também acho que há uma responsabilidade enorme a ser cobrada da OAS,
por exemplo, em todo o entorno da Arena do Grêmio, que está um caos,
penalizando torcedores e moradores. Esse horário, organizado dessa maneira,
deixaria de penalizá-los. Então...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
(Manifestações nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Anuncio a presença do Sr. Leonel Lucas, Presidente da Associação
Beneficente Antônio Mendes Filho, trazido pelo Ver. Alberto Kopittke. É um
prazer tê-lo entre nós!
Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Clàudio
Janta, que solicita adiamento da discussão, por três Sessões, do PLL nº 115/11.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Clàudio Janta. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Ver. Clàudio Janta,
coloquei que havia conversado com um membro da torcida que colocou a sua
situação, e ele mesmo pediu para nós não adiarmos, preferia perder a adiar.
Então, eu venho, de forma fraterna, dizer o seguinte: não vamos postergar mais
isso, vamos votar hoje! Portanto, sou contra o adiamento.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor
Garcia, o Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) 15 votos SIM e 16 votos NÃO. O
Presidente vota NÃO. Está REJEITADO
o Requerimento.
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Presidente, eu queria uma renovação de votação em
função de que outros Vereadores chegaram ao plenário agora, e deu a diferença
de um voto. Como deu essa diferença, peço uma renovação de votação.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Clàudio Janta, deixe eu lhe explicar como é
que temos que fazer. É muito bom esse tipo de situação, porque nos oportuniza recorrer
ao nosso Regimento Interno e poder esclarecer. Essa sua solicitação de
renovação deve ser apresentada agora, na Sessão. Ela é votada hoje e, se
aprovada, a renovação será na próxima Sessão.
A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
discutir o PLL nº 115/11.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
colegas que me assistem, eu uso esta tribuna hoje por uma questão muito
simples: eu trabalho com a verdade. Na semana passada, quando eu estava no
plenário, acompanhei que este Projeto estava chegando para discussão. Eu tenho
na minha formação pessoal e profissional o cumprimento pela lei, pela verdade.
Sempre que quero fazer um projeto, eu me viro para o meu Coordenador Jurídico,
Dr. Lauro Balle, e pergunto: “Eu quero fazer este projeto. Posso,
juridicamente?”. Por mais que eu queira fazer um projeto, se ele me aconselha:
“não, não é da tua competência”, ou “não pode”, eu não faço. Isso é uma questão
de princípio. Eu aprendi com o meu pai – que, para mim, foi o maior e melhor
político deste Rio Grande – que temos que agir sempre cumprindo a lei em
respeito ao cidadão que nos colocou neste plenário para representá-lo. Foi isto
que eu falei aquele dia ao Ver. Mauro Pinheiro – que tenho certeza de que fez com
a maior boa vontade –, usando o microfone de apartes: “Vereador, é competência
do Legislador municipal este Projeto?” Eu penso que não, porque a minha
formação de jornalista me diz que isso é uma rede nacional. Como nós vamos
interferir na iniciativa privada? Aí, ainda querendo entender mais, entrei em
contato com dois advogados entendidos em futebol que me orientaram que não isso
era da nossa competência, que isso era de uma esfera estadual, uma esfera
federal. Reforcei, assim, o meu sentimento de que eu estava certa. É uma coisa
que, democraticamente, mesmo sabendo das minhas convicções, eu posso errar,
mas, naquele momento, tive certeza. E qual foi a minha surpresa quando, no
outro dia, essa mesma torcida que está aí foi para as redes sociais, chamando-me
de assessora, aliás, a trabalho da Globo, dizendo que eu estava servindo a
Globo e a RBS. Saibam os senhores que eu sirvo a minha consciência, o
cumprimento da lei, e tenho muito orgulho de ser Vereadora desta Cidade. E,
vendo esse Projeto, pesquisando sobre esse Projeto, eu vi que nenhuma Comissão,
a não ser a Comissão de Educação da Sofia Cavedon, aprovou esse Projeto, ou
seja: CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH, todos e mais a Procuradoria desta Casa viram o
óbice que esse Projeto tem. Então, nós não podemos nem discutir. Ele é
inconstitucional, por isso eu voto contra.
(Manifestação nas galerias.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Nós, então, agora, voltamos para o
adiamento. Eu quero ler aqui o art. 196 do Regimento. (Manifestação nas
galerias.) (Lê): “Da Renovação de Votação. Art. 196. O processo de votação
poderá ser renovado uma só vez, mediante requerimento de Vereador devidamente
fundamentado, aprovado pelo Plenário, na ocorrência das seguintes hipóteses: I
– diferença de votos menor ou igual a três em relação ao quórum de aprovação de
maioria absoluta e de maioria qualificada; II – diferença de votos menor ou
igual a três entre os votos favoráveis e contrários, quando a matéria exigir
maioria simples para a aprovação”. Ou seja, o pedido do Ver. Clàudio Janta se
inclui no art. 196, II, e, por isso, vamos renovar a votação do período de
adiamento. (Palmas.) Então, prestem atenção: nós estamos colocando em votação o
Requerimento de renovação de adiamento de discussão por três sessões. Primeiro
nós votamos o Requerimento.
O SR. NEREU
D’AVILA (Questão de Ordem): Presidente, está havendo uma grande confusão no
Plenário porque se sobrepuseram dois Requerimentos de adiamento, ambos do Ver.
Janta. Então eu pergunto: tendo-se excluídos e empatados – V. Exa. desempatou,
mas havia outros Vereadores que gostariam de votar também no processo –, ficou
não adiada a matéria, correto?
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Isso.
O SR. NEREU
D'AVILA: Agora, o que a Casa enfrentará é um novo Requerimento de votação, cuja
diferença foi menor que três votos; portanto, o Requerimento está absolutamente
coerente, correto. Eu pergunto: cabem novos encaminhamentos de votação, se já
havia sido encaminhado pelo não adiamento?
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Nereu, muito procedente sua colocação. Sim, do
Requerimento de renovação, sim. Não do outro, é o que nós estamos enfrentando
agora.
O SR. NEREU
D'AVILA: Aquele está superado?
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Aquele está superado.
O SR. NEREU
D'AVILA: Pois não, obrigado.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Caro Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras;
Ver. Nereu, seguindo a mesma linha, eu votarei contrariamente ao Requerimento,
que é legítimo, pertinente, faz parte – Ver. Janta, acho que esse é o teu
papel. Seguindo a minha linha de raciocínio, eu votarei contra, e, se for
vencido o contra, automaticamente, o anterior fica, e nós passaremos à votação
do Projeto. Este é o caminho do rito normal: eu encaminho contrariamente à
renovação para que possamos, ato contínuo, votar o Projeto. Se algum Vereador
ainda ficou com dúvida em relação ao sistema, acho que é importante esclarecer.
Este Vereador propõe que votemos contra o Requerimento, e, sendo os votos
contrários maioria, automaticamente, convalida o resultado anterior, e
votaremos, então, o Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Professor Garcia.
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento, de autoria do Ver. Clàudio Janta, de
renovação de votação do Requerimento, de mesma autoria, que solicita o
adiamento da discussão do PLL nº 115/11 por três Sessões.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, venho aqui fazer uma solicitação, um apelo aos colegas
para que avaliem esse posicionamento. Várias manifestações de qualidade,
contrárias ou a favor, demonstram que este é um Projeto que, sim, é de
interesse da Cidade; um conjunto de interesses está por trás deste Projeto, e,
por isso, ele merece ser debatido na Cidade. Nada mais justo do que, nesta
Casa, que é a Casa do debate desta Cidade, a Casa onde as ideias têm que ser
discutidas, este Projeto possa exatamente ser debatido. Depois, inclusive pode
ser derrotado, mas que ele possa, por pelo menos mais três Sessões, ser
debatido por todos nós, pela sociedade. As manifestações aqui no plenário, a
favor ou contra, demonstram que é um assunto que desperta interesse. E não é,
como o Ver. Cecchim comentou, um assunto tão simples; é um assunto no qual esta
Casa merece observar o art. 196 do seu Regimento, renovando a votação na
próxima Sessão.
Então, eu faço um apelo a todos os colegas de que,
independentemente das suas posições sobre o mérito do Projeto, deem a esta Casa
o direito de exercer aquilo que é o fundamental da sua existência, que é a
oportunidade do debate de ideias e de interesses da nossa Cidade. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Alberto Kopittke.
O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta, pela
oposição.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Presidente, Ver. Dr. Thiago; demais Vereadoras e Vereadores, público
que nos assiste, o Ver. Clàudio Janta foi o proponente do pedido de adiamento,
Ver. Reginaldo Pujol, inclusive ele me chamou para conversar. E eu concordei
com ele, porque ele dizia que é um Projeto importante, tendo em vista a
presença de pessoas – torcedores que aqui estão – que querem discutir esta
matéria, e até porque este Projeto, na verdade, tramitou na Casa na Legislatura
passada. Então, vários Vereadores que estão participando desta Legislatura não
tiveram a oportunidade de fazer o debate dessa matéria quando ela passou nas
Comissões; eles viram o Projeto quando ele já estava no plenário e não tiveram
essa oportunidade de debatê-lo nas Comissões. Por isso, o Ver. Clàudio Janta
fez esse apelo de adiamento, para que, dessa forma, pudéssemos discuti-lo
melhor; inclusive propôs que se fizesse um seminário ou que se chamassem os Vereadores para fazer o debate em algum momento
nesta Casa. Eu acho que a Casa do Povo, o Parlamento tem como principal função parlar, parlamentar, discutir os
problemas da Cidade; assim, acho justo o que o Ver. Clàudio Janta pediu. Por
isso concordei com o adiamento para que pudéssemos chamar um seminário para
fazermos um debate com a própria EPTC, com os clubes, com jornalistas, com quem
quisesse vir e ampliar esse debate, Ver. Pedro Ruas. Parlamento é isto, os
Vereadores se posicionam a favor ou contra; há alguns que defendem mais as
empresas do que a sociedade; outros preferem defender a sociedade como um todo.
Então é importante o debate e eu sou sempre a favor dele. Por isso concordei
com o Ver. Clàudio Janta quando ele pediu o adiamento para que pudéssemos fazer
esse debate com aquelas pessoas que querem realmente debater. Elas vêm dizer o
que pensam e ouvir também. Democracia é isto: falar o que se pensa e escutar.
Muitas vezes, não se quer escutar, mas a maioria sempre vence, seja contra ou a
favor, e a Cidade acatará a decisão desses Vereadores. Agora, não querer o
debate, não querer que a sociedade fale é porque alguma coisa está errada,
porque, quando se tem a convicção de que se está votando o que é melhor para a
Cidade, não há problema em se escutar a população. Agora, alguns Vereadores têm
certeza de que a maioria da população é a favor do Projeto, mas eles defendem o
interesse de um grupo menor; aí eles não querem o debate, que será duro, porque
a maioria é favorável ao Projeto e eles terão que defender uma minoria. Por isso
fogem do debate.
Portanto, não estamos
pedindo que os Vereadores que têm suas convicções mudem os seus votos, mas que
deem oportunidade para a sociedade ser ouvida. Nós só estamos pedindo, Ver.
Janta, o debate. Agora, quem não tem nada a esconder debate! E, para quem tem
que defender a minoria, o debate nunca é bom. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Clàudio Janta.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu tinha recentemente
comentado que não participaria deste
encaminhamento e que falaria depois, quando se trataria da discussão do Projeto
propriamente dito, até porque eu me sentia confortável com as manifestações que
aqui tínhamos, mas as duas manifestações do amigo Ver. Mauro Pinheiro me fazem
vir à tribuna para falar em nome do meu Partido, o PSB, e em meu nome
particular, mas, muito essencialmente, em nome dos companheiros da base do
Governo e também para a oposição: não é verdade que quem vota favoravelmente ao
Projeto vota para uma minoria. O Ver. Mauro, inclusive, antes, disse para que
minoria é essa. Não é verdade. É preciso ter muito cuidado com o que aqui se
diz, porque senão eu sou forçado a falar na questão dos supermercadistas, e não
quero chegar a esse debate.
Eu quero dar um
exemplo só: o Internacional, Ver. Mauro, jogou com o Lajeadense há dez dias,
jogo transmitido a 19 países. Dezenove países tiveram a audiência desse jogo. É
Porto Alegre que também está em jogo neste Projeto.
Eu concordo com V.
Exa.: o debate é positivo. Não é uma coisa muito simples, Ver.ª Mônica, como se
os que votarem contra são os piores, e os que votarem favoravelmente são a fina
flor do aspecto positivo. Não, é um debate de cada um.
Eu penso que Porto
Alegre precisa estar inserida no contexto do futebol nacional e, muito
essencialmente, do futebol mundial. Nós temos um Campeão do Mundo Grêmio e
temos um Campeão do Mundo Internacional. Agora simplesmente vamos proibir tudo aqui e
vamos jogar quando nós queremos, só quando nós queremos, porque daí vamos
salvar a Pátria brasileira? Não é verdade! É um assunto que merece um debate de
mais longa interpretação e discussão. Por isso, é preciso vir à tribuna com
argumentos, e não chegar aqui e dizer que estamos com A ou B. Eu quero
concordar, pois não gosto muito, e quem falou foi o Ver. Clàudio Janta, que
está muito ruim a ideia de transmissão exclusiva. Aí nós vamos ver só Flamengo,
Corínthians – o que V. Exa. falou aqui está certo. Está muito ruim isso. Não é
preciso exclusividade. Lutar pela não exclusividade, para dar possibilidade de
outras emissoras também transmitirem, isso é uma coisa, mas vir aqui e definir
horário é outra bem diferente. E cada um de nós tem o direito de ter posição,
muitas vezes a favor do companheiro e muitas vezes contra, isso é da
democracia. Um abraço a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Presidente, Vereadores, Vereadoras e a todos que nos
assistem. Em nome da minha Bancada, do PSD do Ver. Bernardino Vendruscolo e eu,
quero deixar bem claro aqui que eu não sou situação nem posição. O nosso voto,
do Bernardino Vendruscolo e meu, é sempre do coração, junto com o povo. Eu
votarei “sim” para que o Ver. Mauro Pinheiro tenha a chance de fazer um grande
debate, ouvirmos o povo, a imprensa, enfim, todos. Já que estamos fazendo um
Projeto para o povo, vamos ouvir se é isso mesmo que o povo quer. Não sei se já
foi dito, mas nós temos poder para legislar em relação ao nosso Município;
quando sai de Porto Alegre, vai para Canoas, vai para Caxias, onde há jogos, eu
não sei... Penso que esse debate deve vir para esclarecer.
Outra coisa que me deixa muito triste, Ver.ª
Mônica: na fala do Ver. Mauro Pinheiro, de que Vereadores fazem o lado das
empresas de ônibus ou de quem quer que seja, eu acho que cada um dos 36
Vereadores que votam aqui, Ver. Reginaldo Pujol, têm o direito de votar “sim”
ou “não”. Sinceramente, isso me deixa muito triste, pois, sempre que votei, não
votei visando A, B ou C; eu voto sempre visando ao bem-estar do povo de Porto
Alegre, este povo que eu amo, esta Cidade maravilhosa que me acolheu muito, e
eu devo muito a Porto Alegre, eu devo ao povo de Porto Alegre. Deixo bem claro:
voto “sim”, Ver. Mauro Pinheiro, mas é um Projeto complexo, um Projeto muito
difícil, pois falamos aqui da mídia, que paga todos os clubes grandes para
terem seus grandes jogadores, jogadores assim como Zé Roberto, assim como
D’Alessandro. Infelizmente, é a televisão, é a mídia que faz esses clubes
grandes como Corinthians, Flamengo, Vasco, Internacional, Grêmio. Não sei até
onde possamos chegar, mas a chance será dada para se fazer um grande debate.
Vejo ali gremistas, colorados, acho que têm o nosso respeito, têm o meu
respeito, têm o respeito dos 36 Vereadores aqui da Câmara Municipal, mas deixo
bem claro: meu voto, qualquer que seja, ali no painel, é o voto do meu coração,
não é o voto de empresário, e acredito que os 36 Vereadores aqui também darão o
voto do seu coração. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Muito obrigado, Ver. Tarciso Flecha Negra.
O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
encaminhar o Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta.
(O Ver. Mario Manfro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. NEREU
D’AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, tenho pautado minha
atuação na Câmara ouvindo mais do que participando, até para aprender um pouco
mais, e sempre é bom recolher novos conhecimentos. E tenho observado
principalmente os novos Vereadores, para ver a potencialidade dos 47% de renovação que a Câmara teve nas últimas eleições. Portanto, quando
ouvi o Ver. Mauro Pinheiro, autor desta ideia – e me parece uma ideia razoável
–, eis que S. Exa. aqui da tribuna referiu que se preocupa com aquela parcela
da população que, não indo aos jogos, pode ser eventualmente prejudicada na sua
mobilidade urbana pelos grandes deslocamentos de massa humana no horário de
pico – hoje cito a Arena, porque o Beira-Rio está em reformas.
Acho que é razoável a
preocupação do nobre Vereador autor da matéria, mas ele disse que queria mais
tempo para discuti-la melhor. Estamos discutindo o adiamento da matéria, e
agora, com o Processo na mão, já que eu não estava aqui no ano passado,
constatei que o Processo é de julho de 2011. Portanto, agora em julho, já vai
fazer 24 meses – dois anos! Acho que já houve bastante tempo para esta Casa se
debruçar sobre o assunto.
Mas quero dizer que
ouço atentamente todos os Vereadores e Vereadoras. Como eu disse, até para
aprender, porque sempre se está aprendendo, sim; às vezes, com as mais singelas
manifestações, está-se aprendendo; só por uma grande ignorância pode-se pensar
que não se aprende diariamente, diuturnamente com pessoas às vezes as mais
simples possíveis. Eu quero dizer que, respeitando todas as manifestações, a
que mais me impressionou, porque foi no âmago da matéria, examinando agora o
Processo, foi a da Ver.ª Mônica Leal, que aqui matou a questão em menos de
cinco minutos.
Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras, nem vou entrar no mérito, que me parece razoável. Repito,
Ver. Mauro: parece-me razoável, sim, respeito V. Exa. por preocupar-se com as
pessoas que não gostam de futebol e eventualmente são prejudicadas no seu
deslocamento. Isso é uma preocupação razoável de um Vereador, sim, está dentro
de suas atribuições quando se preocupa. Mas eu quero, Ver. Janta – V. Exa., que
fez uma Emenda, e a nobre Ver.ª Any também –, dizer que nem há que se entrar no
mérito da matéria: a matéria está fulminada juridicamente, Vereador! Existe uma
Comissão de Constituição e Justiça nesta Casa que examina, e essa Comissão o
fulminou, e mais: adotou um brilhante Parecer do Ver. Bernardino Vendruscolo. E a Dra. Marion Alimena, que durante muito tempo foi Procuradora
brilhante desta Casa – auxiliou todos nós, Vereadores, nas nossas dúvidas
jurídicas na Mesa, nas Comissões –, diz que não é de competência desta Casa
essa matéria, porque ela adentra em terreno que não é exatamente da nossa
prerrogativa. E depois, à exceção de uma Comissão, todas as demais fulminaram a
matéria! Então, eu nem adentro a questão do mérito. E até acho razoável –
repito pela terceira vez –, mas acho que, dentro dessa prerrogativa de que
qualquer um pode derrubar o projeto na Justiça, não há por que esta Casa
aprovar essa matéria. Já vai fechar dois anos de discussão, e eu mesmo, que não
estava aqui, agora que estou há poucos meses, já estou completamente hábil e
conhecedor da matéria, e acho que todos os Vereadores também, para dar um
veredicto. Ver. Pinheiro, cumprimento V. Exa. pela iniciativa, dizendo que,
escutando hoje os Guerrilheiros da Notícia...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Mario Manfro
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Ver. Nereu,
talvez eu esteja errado, mas adoto este critério sempre que assumo a
presidência, porque, se eu lhe der meio minuto, eu vou ter que dar um minuto
também para outro. É uma forma igualitária, está bem? Desculpe.
Eu quero saudar a
presença do Prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider, e a presença do
Deputado Estadual Edson Brum.
O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Clàudio Janta.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente,
colegas Vereadores, nós temos instituído sempre um grande acordo quanto aos
autores das matérias e aos acordos que se fazem para que os temas possam ser
mais bem dialogados e debatidos aqui dentro da Casa e com a sociedade. Neste
caso específico, lembro que hoje vários Vereadores vieram a esta tribuna, entre
eles o Ver. Professor Garcia, que pediu que esse tema fosse postergado para
fazer um melhor debate na sociedade. Ouvindo o apelo do Ver. Professor Garcia,
o Ver. Clàudio Janta veio à nossa Bancada pedindo para prorrogar e sugerindo
fazer esse Requerimento de postergação do debate.
Então, o que está em debate aqui, Ver. Nereu
D'Avila, não é o mérito do Projeto neste momento, mas é o direito de poder
prorrogar um tema para que situações como a trazida pelo senhor, que já está
convencido de um enquadramento sob o ponto de vista constitucional, possam ser
debatidas, esclarecidas, verificadas. O argumento que o senhor trouxe aqui
sobre o mérito, eu tenho discordância e dúvidas quanto à sua posição. Bom, se
isso é verdadeiro, na possibilidade do contraditório, postergar um tema – como
é prática nesta Casa quando o autor, acordado com outros Vereadores, pede para
postergar –, isso é feito sempre. Sempre é constituído esse direito de poder
dialogar sobre um projeto A ou B. Esse tema por si só se apresentou como
polêmico, e, como tal, não se deve tentar aprovar de afogadilho, sem fazer as
concertações ou, de repente, até convencer o autor de que o projeto possa até
ser retirado, se for o caso. Bom, como é que nós fazemos isso? Costumamos dizer
aqui, juventude, que todo projeto tem um tempo de maturação. Será que os nossos
jovens que estão aqui representando os jovens que gostam do esporte e do
futebol estão defendendo este Projeto e o estão discutindo com o segmento? Será
que todos já conseguiram discutir isso? Será que não se pode ter mais um tempo
para dialogar, para analisar, para poder ver essa possibilidade?
É isto que está em discussão neste momento:
simplesmente, como deu empate na votação da prorrogação do Projeto e o
Presidente, naquele momento, não votou favoravelmente à prorrogação, é de
direito – e esse direito é regimental – poder pedir a prorrogação da votação.
Então, o Requerimento que estamos discutindo agora é se votaremos novamente o
pedido de prorrogação ou não. Assim, eu creio que é uma discussão, Vereadores e
Vereadoras, em que não precisávamos estar gastando todo este tempo, e
poderíamos estar discutindo o conteúdo do próximo projeto. Aceitássemos a
prorrogação por mais tempo – cinco, sete, dez sessões – para poder fazer um
diálogo, para a juventude pedir uma Audiência Pública, para pedir discussão,
para chamar os clubes. E eu sou daqueles que têm o seguinte a dizer: quando se
trata de construção da Cidade, planejamento participativo é a melhor saída, ouvir
o conhecimento popular com o conhecimento técnico. Isso só constrói cidade, e,
para isso, precisamos tempo, tempo para discutir, tempo para analisar, tempo
para concertar, tempo para aceitar emendas para os projetos. Isso nós não
tivemos ainda, e ficou demonstrado, aqui neste debate, que este caminho ainda
não foi percorrido. Portanto, se este Projeto tem esse potencial, por que não
oportunizar que a sociedade contribua com a construção de uma melhor Cidade? E
aqui diz respeito ao esporte e à mobilidade urbana. Um grande abraço. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de sua autoria.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Presidente Mario Manfro, Vereadoras e Vereadores, eu acho que esta
Casa tem que ouvir a sociedade. Nós somos representantes eleitos pelo povo,
representamos uma parcela significativa da sociedade, 36 pessoas que
representam ideias diferentes, sugestões diferentes. Agora, houve temas que nós
não discutimos na nossa campanha: nosso dia a dia. E o que mais venho discutir
aqui é a questão da mobilidade urbana.
Não pode um entretenimento de 25 mil, 30 mil, 50
mil pessoas – o maior público que nós temos em nossos estádios de futebol –
influenciar na vida de um milhão. Não pode 50 mil pessoas que vão a um jogo de
futebol, a uma decisão final do Campeonato Gaúcho – e temos uma Emenda que
libera a Libertadores, que libera jogos internacionais –, elas não podem
prejudicar o transporte, a acessibilidade das pessoas em Porto Alegre. E temos
uma emenda dizendo que ficam proibidos jogos de futebol em Porto Alegre das
17h30min às 8h30min. Proibidos! Não pode ter jogo, em dia de semana, nesse
horário. Quem é que vai ao jogo? É o meu filho que só estuda ou quem não tem
nada para fazer, porque os trabalhadores vão estar trabalhando. Agora, não pode
a pessoa que trabalhou o dia inteiro, Ver.ª Sofia Cavedon, ficar presa dentro
de um ônibus, ficar presa dentro de um carro porque não há acessibilidade em
nenhum dos nossos estádios de futebol. Não pode! Ela tem que ter o direito de
ir para casa descansar.
Quando a gente pede o adiamento, Ver. Márcio Bins
Ely, é para o Ver. Mauro Pinheiro, autor, chamar todo mundo aqui na Câmara de
Vereadores, no Plenário Ana Terra, ou até aqui mesmo e discutir este tema.
Vamos discutir, temos tempo para isso. Eu acredito que, para nós, que chegamos
novos aqui, é importante discutir. Nós estamos lendo o que está escrito, mas é
interessante ver a opinião das pessoas envolvidas com o espetáculo e
principalmente as pessoas que querem chegar em casa e ter o direito de ver o
espetáculo. E volto a afirmar aqui: não é ver jogo do Corínthians, não é ver
jogo do Flamengo, porque agora nós conseguimos ver jogo do Grêmio e do Inter,
nosso Líder do Governo, Airto Ferronato, agora passaram o jogo do Lajeadense e
Inter para 18 países. Agora, assim que começar o Campeonato Brasileiro, para
nós vermos jogo do Grêmio e do Inter, do Pelotas, seja lá qual for o time do
Rio Grande do Sul, tem que pagar o pay
per view, porque, na TV aberta, só passa jogo do Rio e São Paulo!
Então nós temos que discutir. Nós temos que dar o
direito à pessoa que trabalhou o dia inteiro de chegar em casa num horário
decente, de chegar em casa num horário digno. O futebol é um entretenimento, e
não adianta vir aqui me dizer que os clubes de futebol não dependem de ingresso
de estádio; clube de futebol vive é de sonegar imposto; clube de futebol vive
de não pagar a Previdência Social; clube de futebol vive de não recolher Fundo
de Garantia; clube de futebol vive das benesses do Estado e do Município. É
disso que ele vive! Grêmio e Inter já anteciparam as verbas da Rede Globo de
três campeonatos, porque ganham menos que os times do Rio e de São Paulo!
Então, se nós queremos discutir a sobrevivência do futebol brasileiro, temos
que discutir as isenções que o futebol brasileiro tem. Uma empresa, se não
pagar a Previdência, é fechada, é multada. Está lá o Romário denunciando as
falcatruas da CBF no Congresso Nacional. Então, nós queremos discutir esta
matéria. Que venham para cá os defensores, que venham para cá as pessoas que
são contra, e vamos discutir. Esta é a Casa do Povo, e nós não podemos nos
furtar de discutir demandas do povo de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação nominal, solicitada pelo Professor
Garcia, o Requerimento, de autoria do Clàudio Janta, de renovação de votação do
Requerimento, de autoria do Clàudio Janta, que solicita o adiamento da
discussão, por três Sessões, do PLL 115/11 (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) Treze Vereadores presentes. Não há quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro – às 16h49min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2579/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/12, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Roberto Bandeira Pereira.
PROC.
Nº 0586/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/13, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra,
que declara de utilidade pública a Associação dos Moradores das Vilas Elizabeth
e Parque – AMVEP.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0436/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/13, que estabelece as atribuições dos cargos
em comissão criados pelo art. 10 da Lei nº 11.245, de 4 de abril de 2012,
regulamentada pelo Decreto nº 17.846, de 29 de junho de 2012, no âmbito do
Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
PROC.
Nº 0699/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/13, de autoria do Ver. Waldir Canal, que
estabelece o ano de 2013 como o Ano de Identificação de Logradouros e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
O SR. IDENIR CECCHIM: Só para ajudar,
Presidente, o senhor perguntou se alguém não tinha votado, e a Bancada toda do
PT e a Bancada toda do PCdoB estavam aqui e não votaram! Então, só para ajudar.
A SRA. JUSSARA CONY: Com todo o respeito e
carinho ao Ver. Cecchim: cuide da sua Bancada; da do PCdoB, nós cuidamos.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Vereador Engº
Comassetto, peço apenas que seja breve.
O SR. ENGº COMASSETTO: Como Líder do PT
aqui, o Ver. Cecchim usou indevidamente o nome da minha Bancada. Que cuide da
sua Bancada.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O tempo foi
igual a todos. Peço à Ver.ª Sofia Cavedon a gentileza de assumir a presidência
dos trabalhos.
(A Ver.ª Sofia
Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sra. Presidente, Srs.
e Sras. Vereadoras, na Pauta, temos inúmeros processos de grande relevância,
mas, Ver. Janta, acho que, nesta tarde, nada é mais importante do que a notícia
que nos chega, dirigida pelo Presidente do Diretório Zonal do seu Partido na Restinga
e que nos informa que, nesta data, foi cassada a liminar que impedia o
prosseguimento da licitação para lotação na Restinga. Para todos aqueles que
lutaram por esse lotação, este é o fato mais relevante. E se, eventualmente,
isso bater com o Regimento, neste momento, sou réu confesso, estou,
antirregimentalmente, atendendo à solicitação do Ribeiro e trazendo esta
informação para toda a Casa, que já era do conhecimento do Ver. Comassetto, do
Ver. Thiago e do Vereador de Belém Novo com assento nesta Casa, o Ver. Mario Fraga,
todos eles comprometidos com essa causa.
Mas, na Pauta propriamente dita, há uma matéria com
que eu me sinto muito à vontade para focar. Trata-se de uma proposta do
Presidente da Casa, o Ver. Dr. Thiago Duarte, que concede o Título de Cidadão
de Porto Alegre ao Sr. Roberto Bandeira Pereira. Por que eu considero
relevante? Primeiro, porque o Dr. Thiago me propôs que eu assinasse essa
proposta, porque ele, sendo sobrinho e afilhado do Dr. Roberto, sentia-se
inibido de assim fazer. Insisti com ele para que deixasse a inibição de lado e
ingressasse com esse Projeto que, além de fazer justiça a um servidor público
do maior quilate – já foi Procurador de Justiça do Estado, escolhido pela sua
categoria, com brilhante atenção no comando da Procuradoria de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul –, além de fazer justiça, iria-nos permitir
incluir, como efetivamente iremos incluir, com o apoio de toda a Casa, uma
figura exemplar a contribuir para que, no nosso Conselho de Cidadãos
Honorários, tenhamos grandes vultos de nossa Cidade, podendo, inclusive,
contribuir para o fortalecimento da imagem deste Legislativo. Então, eu me
sinto muito à vontade de falar a respeito dessa homenagem e a ela me somar por
inteiro. Sou o primeiro signatário de apoiamento à proposição, até porque, como
eu disse, eu não teria dificuldade de ser o proponente, mas fiz questão de que
o Dr. Thiago viesse a fazê-lo, para consolidar uma homenagem que, com toda
justiça, seu tio e padrinho está a merecer dele e de quantos o conhecem,
sobretudo deste sodalício, que já tem a seu favor belíssimos depoimentos de
valores significativos do cotidiano da Cidade, como é o caso da Dra. Simone
Rita Xavier Camargo, que ontem foi, definitivamente, proclamada Cidadã
Honorária de Porto Alegre numa magnífica Sessão Solene que aqui se realizou.
Por isso, Sr. Presidente, ocupo este período de
discussão preliminar da Pauta com esta dupla relevância: a informação a
respeito da vitória da Restinga no Judiciário gaúcho e, de outro lado, esse
fato importante que é a homenagem que a Casa, com certeza, irá prestar ao Dr.
Roberto Bandeira Pereira. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sra. Presidente, Ver.ª Sofia; meus colegas Vereadores e Vereadoras, há
dois Projetos que estão dando entrada nesta Casa que eu quero aqui comentar. Um
é o Projeto do Ver. Waldir Canal, que estabelece o ano de 2013 como o ano de
identificação de logradouros. Quero dizer aos 47% dos Vereadores que chegaram
novos nesta Casa... e aqui eu cumprimento o Ver. João Antonio Dib, porque tenho
certeza de que ele está nos assistindo. O Ver. João Antonio Dib elegeu o ano de
2009 como o ano da identificação dos logradouros e fez uma campanha.
Infelizmente, Ver. João Antonio Dib, o trabalho que o senhor fez e o esforço
que nós fizemos ficaram na propaganda do Governo, porque as ruas continuam sem
identificação; os bairros, na grande maioria, continuam sem identificação. O
problema nesta Cidade é a localização, principalmente para aqueles que não
conhecem a Cidade, porque aqueles que conhecem também se perdem quando têm que
encontrar as ruas. É bem-vindo, sim, esse Projeto, mas quero recuperar essa
memória, Ver. Tarciso Flecha Negra. O senhor lembra a insistência do Ver. João
Antonio Dib nesse assunto. Nós fizemos um acordo dizendo que 2009 seria o ano
municipal pela identificação dos logradouros públicos. Prefeito Fortunati, isso
não foi feito naquela época, e continua o problema. É um absurdo ter que haver
um projeto de lei de um Vereador para que as ruas sejam identificadas! Isso tem
que ser uma tarefa do Executivo, uma preocupação de todo dia; tem que chamar a
Secretaria de Turismo, a nossa Secretaria de Obras e Viação, a nossa Secretaria
do Planejamento, enfim, as Secretarias afins, e fazer uma força-tarefa.
Já que eu vim aqui provocado pelo colega Waldir
Canal, lembrando sempre o bom trabalho que fez o Ver. João Antonio Dib, vou
fazer outra cobrança: onde está a campanha que ia recuperar as calçadas de
Porto Alegre? Foi só fumaça porque passou a campanha, e as calçadas continuam
esburacadas. Eu não estou vendo, eu e nenhum dos 35 colegas Vereadores...
Inclusive faço um desafio: se alguém souber onde estão sendo feitas as obras e
a política toda de correção das calçadas públicas de Porto Alegre, venha aqui
me dizer, pois gostaria de ter o prazer de pegar vários amigos que são pessoas
com deficiência, um cadeirante e um deficiente visual e caminhar nesses locais
de Porto Alegre onde foram refeitas as calçadas, tirando os buracos e dando
acessibilidade.
Portanto, meus colegas Vereadores e Vereadoras,
temos que fazer com que os temas que propomos nesta Casa e que são assumidos
pelo Executivo sejam cumpridos, porque nós aprovamos leis, fazemos campanhas,
organizamos projetos, a população fica no aguardo de sua concretização, Ver.ª
Mônica Leal, e isso não é realizado. É disso que precisamos, Ver. Valter, que
as leis que são aprovadas e as campanhas que são acordadas se tornem realidade,
aí aumentaremos a credibilidade de todos – do Executivo e do Legislativo.
Por último, gostaria de dizer que tem outro Projeto
do Executivo que propõe dar atribuições aos Cargos em Comissão criados no DMAE.
Em 2004, a Prefeitura foi recebida com 300 CCs e, hoje, tem mil CCs. Portanto,
o aumento foi de 700 CCs nesses oito anos e meio da atual gestão. Aí vem
novamente um Projeto pedindo para dar atribuições aos CCs. Agora, qual é o
programa de desenvolvimento urbano para esta Cidade que envolverá o DMAE, a
SMOV e as demais Secretarias? Os CCs já foram criados. Agora, qual é o programa
de desenvolvimento para a Cidade para que todos possam conhecer? Um grande
abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir
a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Idenir Cecchim está com
a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
(O Ver. Waldir Canal assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Waldir Canal): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Waldir Canal;
Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; nós estamos aqui com um Projeto relativo ao funcionalismo
municipal, aos Cargos em Comissão criados pelo DMAE e alterações nas
atribuições desses Cargos que faz a Prefeitura de Porto Alegre. Sobre eles, eu
gostaria de fazer algumas reflexões. Estamos na segunda semana de greve da
PROCEMPA. Todo debate que temos feito sobre as nossas empresas públicas – Carris,
EPTC, PROCEMPA e autarquias – tem pautado a criação de cargos comissionados. As
três empresas, quando esses cargos não precisavam ser criados por lei, usaram e
abusaram da prerrogativa de seus Conselhos criarem esses cargos. Infelizmente,
causaram prejuízos, sim, à municipalidade, prejuízos em parte reconhecidos pelo
Prefeito que se reelegeu e pelo Vice-Prefeito, porque encaminhou para esta
Casa, e votamos no final do ano passado, a redução dos CCs na EPTC, na Carris e
na PROCEMPA. Pasmem: na greve realizada pela PROCEMPA há uma semana e meia –
greve que apenas reivindica o cumprimento do plano de carreira, 1,5% de
recuperação de perdas –, aparece o absurdo de que a redução de CCs na PROCEMPA
não correspondeu a uma redução de custo! Aumentaram, sim, os valores dos cargos
comissionados. Aqui há uma alteração de atribuições.
Eu pergunto a V. Exa. como pode um Cargo Comissionado da Carris, um Diretor Técnico da Carris, ser responsável pela construção da creche da Carris, responsável técnico pelo projeto da Carris – “CC Carris”! Ontem, a nossa Comissão de Educação, Cultura e Esporte, em função de demanda dos funcionários, foi visitar a futura creche. O Ver. Tarciso, sempre presente nas nossas diligências da Comissão, verificou que um CC com atribuições de diretoria técnica assinou o projeto da creche. Recursos foram passados para a associação de funcionários. Não se sabe como, começou-se a construir essa creche: sem licitação, com controle técnico do CC... Quando cai a direção da Carris, no final de 2011, caiu esse CC também. Pasmem: esse CC, esse Diretor, hoje reivindica, os seus honorários, Ver. Valter, por ter realizado os projetos da creche! E mais: o projeto da associação de funcionários também! Ninguém se responsabiliza pelo recurso que foi mexido na conta da associação, recurso retirado da conta da associação que o Diretor Administrativo afirma que só pode ser retirado com a anuência do Presidente da Carris, da empresa.
Portanto, há algo extremamente nebuloso, grave e
sério na mistura do público e privado, no comportamento dos CCs, nos
supersalários dos CCs, com a criação da possibilidade da sobreposição dos
salários dos cedidos com 70% dos salários CCs. Nós nunca tivemos – está aqui o
representante do Sr. Prefeito Municipal –, na cidade de Porto Alegre,
possivelmente, salários de Secretários que cheguem a R$ 50 mil ou perto disso
em função desse acúmulo de valores que tem sido procedido pela Prefeitura de
Porto Alegre. Eu acho que são muito graves todos esses elementos quando a gente
enfrenta uma greve na Carris, quando a gente enfrenta uma Prefeitura que está
no vermelho, que fechou 2012 no vermelho, com R$ 60 milhões de déficit. É muito
grave o abuso do número de CCs, a confusão nas suas funções, nas suas lotações
em relação ao exercício das suas funções, como vários que foram denunciados
aqui pelos próprios funcionários: lotados na PROCEMPA, trabalhando em outro
lugar; lotados na EPTC, trabalhando em outro lugar; horas extras aplicadas aos
CCs...
Portanto, senhores, é muito importante que a
Prefeitura não apenas ganhe título de Prefeitura transparência, mas que
pratique, de fato, um salário mais horizontal, justiça social com os
funcionários, diálogo, atenção, priorização dos salários mais baixos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Waldir Canal): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
(A Ver.ª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sra. Vereadora, Srs. Vereadores, na verdade, eu fico pensando nas
pessoas que estão em casa nos assistindo, em quais os adjetivos que elas usam
quando nos perdemos aqui, quando damos vazão e razão a tudo aquilo que se fala
da política; quando mais uma semana passa, e um projeto que alguns até rotulam
com adjetivos vis, ruins de reproduzir, como “ridículo” e outras coisas mais
ocupam a nossa Ordem do Dia, a nossa Priorização; quando outras questões
importantes como algumas que eu próprio trouxe aqui para a tribuna – a questão
das Repots, a questão do mobiliário urbano, a questão da telefonia, questões
que atingem o dia a dia da vida das pessoas – ficam paradas. Eu teria vergonha,
ficaria enrubescido se, na hora de votar, estando em
plenário, tivesse que não dar presença para não discutir um assunto que, como
se disse, está há dois anos aqui na Casa e era para ter sido enfrentado. Eu
fico feliz e curioso ao mesmo tempo, porque a Ver.ª Sofia, não há dúvida, é uma
Vereadora muito dinâmica – mas ela sempre distorce, obviamente para o lado
dela, e isso é lamentável –, foi à Carris ontem, mas à noite estava na frente
da Prefeitura. Eu tenho sérias dúvidas, Sra. Presidente, sobre se isto está em
acordo com o decoro parlamentar que deve reger o mandato de cada um de nós: os
Vereadores participarem de atos de depredação do Paço Municipal. Nós fazemos um
juramento, aqui, de respeitar a Lei Orgânica do Município, de ter decoro
parlamentar – decoro parlamentar! Isso proíbe o Vereador de participar de uma
manifestação em que, no momento que descamba para a agressão, o Vereador tem
obrigação, pelo juramento que fez, de ser o primeiro a parar na frente da
multidão e a mandar parar. É dever do Vereador, é obrigação do Vereador! Mas o
que nós temos visto são Vereadores incitando a destruição! O Paço Municipal! Eu
estava no Paço, 40 janelas foram quebradas! A porta foi forçada; uma moça caiu
lá para dentro, foi contida, e depois dizem que era fascismo. Pois bem, ela
estuda numa universidade pública, entrou por cota – paga por todos nós –,
recebe uma bolsa para isso; deveria ter obrigações para com a sociedade. O direito
de protestar é sagrado, todos nós lutamos por ele, mas ele termina quando a
razão termina, e a razão termina quando começa a bagunça, a balbúrdia, a
quebradeira. E ter Vereador lá no meio, Vereadora-Presidente, é inadmissível, é
inaceitável! Volto a lhe dizer: a senhora, a Ver.ª Fernanda ou qualquer outro
que estivesse lá tem a obrigação, no momento em que começa a quebradeira, de
fazer cessar, e não fazem isso, Dr. João Almeida. Incitam, estimulam! Então, a
Câmara tem que fazer uma reflexão a respeito disso. Nós falamos que somos
contra as ditaduras, mas não se pode ser a favor da ditadura lá não sei onde e
ser contra a ditadura aqui. Não se pode relativizar porque uma é de direita e
outra é de esquerda – ditadura é ditadura. Ou nós somos democratas, respeitamos
o Estado Democrático de Direito, a ordem, a lei, ou que tudo se exploda. E aí a
verdade é a primeira vítima dessas coisas sempre. A verdade é a primeira
vítima.
Eu tenho que ouvir a
Bancada do PT dizer que nós aumentamos os CCs. Pois o Governo do Estado, do
Governador Tarso Genro, criou, pasmem, mais de mil! Eu não estou falando de 50,
de 200, de 250 – mais de mil cargos comissionados entre CCs e FGs! Nós estamos
não é na República do Rio Grande, nós estamos é na república dos CCs, para
acomodar a companheirada! Companheirada essa que inclusive a Secretária dos
Direitos da Mulher disse, no programa Conversas Cruzadas, e eu estava junto,
que estava no dia da quebradeira na Prefeitura Municipal. E o Lasier perguntou:
“Mas a senhora estava? Como é que a senhora estava?!”, e ela: “Não, eu estava
passando, fui passando, passei passando”. Não soube se explicar. Recebeu como
prêmio ser Secretária dos Direitos das Mulheres. Mas que exemplo é esse que
estamos dando! Que a gente lute por uma passagem mais barata, todas essas
coisas. Olhem, o nosso Governo reduziu CCs na Carris, na PROCEMPA...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
Eu farei o debate que o Ver. Valter propõe na
próxima Sessão. Agora não há mais tempo legal para tal, mas é um debate que
merece um contraponto.
Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h14min.)
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